O câncer de pele é entre os cânceres o mais comum no mundo, e o Brasil não está imune a essa realidade preocupante. A exposição excessiva aos raios ultravioleta é uma das principais causas.
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Com a chegada do verão, a campanha de conscientização do Dezembro Laranja ganha destaque e reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
Com dados alarmantes, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número de novos casos de câncer de pele para cada ano do triênio de 2023 a 2025 ultrapassa o somatório de 229 mil. No CEPON, foram realizados 2.591 atendimentos a pacientes com câncer de pele até novembro de 2023.
A gerente Técnica do CEPON, Dra Mary Anne Taves, reafirma o compromisso da instituição com o atendimento oncológico aos pacientes. “O CEPON é referência no tratamento do câncer em Santa Catarina. Por isso, atuamos para garantir a qualidade dos atendimentos e o acolhimento aos pacientes”.
Medidas simples de proteção são importantes não apenas no verão, mas também na rotina diária, durante todo o ano. A campanha criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem como tema este ano “Seu Sol, Sua Pele, Sua Proteção”, e visa conscientizar as pessoas sobre a importância de prevenir a incidência dos raios solares de forma responsável, independentemente do tipo de pele e das atividades realizadas.
A dermatologista do CEPON, Dra. Vanessa Sebastiani, alerta para os sinais. “Eles geralmente se manifestam como uma mancha ou nodulação na pele, às vezes com dor ou coceira. Nos estágios iniciais, não costumam causar nenhum sintoma, mas, conforme vão crescendo, podem causar sangramento e infecções no paciente”.
A exposição solar excessiva, sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento do câncer de pele. Pessoas de pele clara, com muitas sardas ou pintas pelo corpo, idosos, aqueles que se expuseram muito ao sol e aqueles com histórico de câncer de pele na família estão mais propensos a desenvolver a doença.
Tipos de câncer
Os cânceres de pele podem ser divididos em Carcinoma Basocelular, Carcinoma Espinocelular e Melanoma. Este último é o menos frequente dos cânceres da pele, porém possui o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são superiores a 90% quando detectado precocemente.
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. O tipo mais prevalente, carcinoma basocelular, tem letalidade baixa, mas seus números são muito altos.
Ambos os tipos surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
Tratamento
Todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente. O câncer de pele pode acometer qualquer local da pele, incluindo pálpebras, unhas, olhos e órgãos internos. No entanto, é mais comum no rosto e na porção superior do corpo.
O tratamento será realizado sempre que possível com cirurgia. “Alguns casos também podem ser tratados com radioterapia. Nos casos de câncer metastático – quando o tumor já atingiu outros órgãos – o tratamento pode incluir medicações orais (comprimidos) ou injetáveis”, acrescenta a Dra Vanessa.
Alerta para o bronzeamento artificial
O bronzeamento artificial oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de pele, mais do que a exposição aos raios solares. Isso ocorre porque emitem altos níveis de raios UVA, a radiação ultravioleta de maior risco para o câncer de pele.
“O bronzeamento artificial é proibido no nosso país e em diversos outros países, pois comprovadamente aumenta em muitas vezes o risco de câncer de pele”, salienta a dermatologista.
Como se prevenir
O cuidado e a prevenção são essenciais para combater essa doença que, mesmo com altas taxas de cura, quando detectada precocemente, continua sendo uma ameaça à saúde pública no país.
As orientações para prevenção incluem evitar a exposição excessiva ao sol e sem proteção à radiação ultravioleta, principalmente no período entre 10h e 16h. No caso de exposição ao sol, recomenda-se o uso de chapéus e de protetor solar, que deve ser reaplicado a cada duas horas, com fator de proteção solar de no mínimo 30.
A especialista alerta que adotar essas medidas simples de proteção não exclui a importância do acompanhamento anual e periódico com um dermatologista. “A consulta com um dermatologista é essencial para o monitoramento de manchas, pintas e sinais que podem identificar o câncer de pele.
Existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha não consegue visualizar. Durante a consulta, observamos qualquer alteração, e muitas vezes lesões milimétricas podem ser diagnosticadas e tratadas adequadamente. O sucesso do tratamento é definido pelo diagnóstico precoce do tumor”, explica a Dra Vanessa.
Programação no CEPON
Durante o mês de dezembro, o CEPON compartilha informações sobre prevenção e detecção precoce do câncer de pele em suas redes sociais. No dia 19, às 9h, no anfiteatro da instituição, haverá uma palestra com a dermatologista do CEPON, Dra. Elisangela Boeno. O evento é aberto ao público.
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