Os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29), já contabilizam 13 vítimas fatais, conforme informações divulgadas pela Defesa Civil nesta quinta-feira (2). Santa Maria registrou duas mortes, enquanto São João do Polesine notificou uma, todas na Região Central do estado. Além disso, há o registro de 21 pessoas desaparecidas.
Cheia do Rio Taquari no Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters
As adversidades climáticas impactaram 134 municípios, resultando em inundações, deslizamentos de terra e quedas de barreiras, principalmente nas regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
Cerca de 44,6 mil habitantes foram afetados, com 8,3 mil desalojados. Dentre estes, 3.079 encontram-se em abrigos, enquanto 5.257 buscam refúgio em casas de familiares ou amigos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para parte do estado, prevendo chuvas intensas, granizo, ventos fortes e raios até às 15h desta quinta-feira.
O governador Eduardo Leite descreveu os temporais como “o maior desastre do estado”, comparando a situação com tragédias anteriores. Reconheceu as dificuldades em resgatar as vítimas devido à dispersão geográfica e às contínuas chuvas que dificultam o acesso às áreas afetadas.
Diante da gravidade da situação, o Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública devido aos “eventos climáticos de chuvas intensas”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem visita programada ao estado nesta quinta-feira. No entanto, o sobrevoo às áreas afetadas foi cancelado devido às condições climáticas adversas. Durante sua estadia, está previsto encontro com o governador, o prefeito de Santa Maria e outras lideranças locais. O desembarque da comitiva presidencial está agendado para as 10h na base aérea de Santa Maria.
