Contrariando opinião do setor do agro, Conab compra 263,3 mil t de arroz importado em leilão

Botões de Compartilhamento

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263,3 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado na manhã desta quinta-feira (6). A previsão do governo era comprar até 300 mil toneladas do alimento.

A estratégia do leilão foi adotada para reduzir o preço do arroz, que chegou a aumentar 40% por causa das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado gaúcho é responsável por 70% da produção nacional do grão.

Contestação

Os percentuais de alta foram questionados por Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, que destacou a falta de dados específicos para validar esses percentuais ou o período exato mencionado.

Segundo a CONAB, entre 29 de abril e a última semana de maio, o preço do arroz longo fino no atacado em São Paulo aumentou 7,1%, passando de R$ 166,60 para R$ 178,40. No Rio Grande do Sul, o preço do arroz em casca ao produtor subiu 12,9%, de R$ 104,27 para R$ 117,70. Já no varejo de São Paulo, o preço do quilo para o consumidor caiu 2,0%, de R$ 6,08 para R$ 5,96.

Carlos Cogo explicou que os preços globais do arroz têm se mantido elevados desde julho de 2023, quando a Índia, o maior exportador mundial, proibiu as exportações devido a uma seca severa. Este evento causou um aumento significativo nos preços internacionais. O preço do arroz beneficiado WR 100%B da Tailândia subiu 46,5%, de US$ 453/t FOB para US$ 664/t. No Paraguai, principal fornecedor de arroz para o Brasil, o preço do arroz beneficiado tipo 1 com 5% de quebrados aumentou 71,2%, de US$ 473/t FOB para US$ 810/t. Esses aumentos refletem a influência da paridade internacional sobre os preços no Brasil e no Mercosul.

Sem justificativas

Cogo concluiu que é incorreto afirmar que os preços do arroz no Brasil subiram de 30% a 40%. “Conforme dados da CONAB, o preço do arroz ao consumidor subiu 25,6% desde julho do ano passado, bem abaixo das altas ocorridas globalmente. Não há justificativas plausíveis para o governo importar arroz e vender com subsídios, dispendendo R$ 7,2 bilhões em recursos públicos. E não há justificativa para tabelar a venda a R$ 4 o quilo, abaixo do custo de produção do grão e da paridade internacional de preços”, afirmou.

Venda 

O governo pretende vender o arroz em embalagem específica a R$ 4 o quilo, de forma que o preço final não ultrapasse R$ 20 pelo pacote de 5 quilos.

O produto será destinado a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais em regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.

O leilão chegou a ser barrado pela Justiça Federal em Porto Alegre. O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Fernando Quadros da Silva, entretanto, acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e liberou a realização do pregão.

Fonte: Rede Catarinense de Notícias

Notícias mais lidas

Veículo furtado em Rio Negrinho é recuperado em duas horas após registro da ocorrência

Jovem de Rio Negrinho morre aos 24 anos após luta contra doenças crônicas

Rio Negrinho se despede de Cleide Jablonski

Passo a passo para fazer uma mini estufa com garrafa PET

Fiscalização apreende 1,3 tonelada de carnes irregulares em estabelecimentos em São Francisco do Sul

Últimas notícias

Confira os filmes que estreiam no Cine Gracher esta semana

SEMAM destaca avanços em licenciamento ambiental, bem-estar animal e apoio ao produtor rural

Anvisa proíbe bala gummy de tadalafila

Produção industrial de Santa Catarina cresce 8,5% no primeiro trimestre e tem a maior alta do país

Proteja-se da gripe: vacinação liberada para todas as idades em Rio Negrinho

Novos membros do Conselho Municipal de Políticas Públicas são empossados em Rio Negrinho