PF indicia Zé Trovão e cantor Sérgio Reis por atos antidemocráticos

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A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão (PL-SC), e o cantor Sérgio Reis pela organização de atos antidemocráticos no 7 de Setembro do ano de 2021. Além deles, 11 pessoas foram indiciadas.

Todos defendiam, naquela ocasião, o fechamento de rodovias e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O grupo foi indiciado por incitação ao crime (pena de detenção de três a seis meses), associação criminosa (reclusão de um a três anos) e de tentar impedir o livre exercício dos Poderes.

Neste último caso, o órgão enquadrou os indiciados na antiga Lei de Segurança Nacional, porque era a lei vigente na época dos fatos, com pena prevista de dois a seis anos de prisão. As informações são do portal Uol.

Entre os indicados, estão também o ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) Antônio Galvan, e o jornalista Oswaldo Eustáquio. No caso deles, ambos foram acusados ​​apenas dos delitos de incitação ao crime e associação criminosa.

A investigação foi aberta em 2021 a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que detectou convocações nas redes sociais para manifestações antidemocráticas no 7 de Setembro. Zé Trovão foi alvo de prisão na ocasião e chegou a ficar um mês foragido.

No ano seguinte, ele acabou eleito para o cargo de deputado federal. Atualmente, ele ainda usa tornozeleira eletrônica.

O inquérito sobre o caso chegou ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, no mês passado. Ele vai decidir se apresenta denúncia contra os acusados. O caso corre sob sigilo.

Sem manifestações sobre indiciamento da PF

O cantor Sérgio Reis afirmou que não iria se manifestar sobre o indiciamento porque não foi notificado oficialmente. O deputado Zé Trovão também disse que não tinha conhecimento do inquérito e não respondeu. O empresário Antonio Galvan também não quis se manifestar.

Oswaldo Eustáquio classificou de “perseguição política” o indiciamento da Polícia Federal.

Com informações de Metrópoles