Veio do judô a primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de 2024, em Paris. A responsável: a paulista Beatriz Souza, de 26 anos.
No chaveamento desta sexta-feira (2) da categoria mais de 78 kg, a paulista venceu todas as quatro lutas que disputou. Na final, superou a israelense Raz Hershko graças a um waza-ari após 46 segundos de luta.
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Na campanha para o ouro, Beatriz teve dois páreos difíceis: a francesa Romane Dicko e a própria Raz Hershko, respectivamente líder e vice-líder do ranking mundial do peso. Para a brasileira, eram desafios necessários.
“Ter superado tudo que eu superei, chegar aqui e ser campeã olímpica é inexplicável”, afirmou após a final. “Para ser campeã olímpica, tem que ganhar de todo mundo. E eu queria muito ser campeã olímpica, então tive que ganhar de todo mundo. Estou realizada.”
A campanha
Beatriz teve uma estreia tranquila nas oitavas de final contra a nicaraguense Izayana Marenco: a 3min19s para o fim, conseguiu um ippon e avançou de maneira incontestável.
Nas quartas de final, porém, Beatriz encarou a sul-coreana Ha-yun Kim, que dificultou o combate com uma postura mais defensiva. A disputa foi para o Golden Score com 0 a 0 no placar e dois shido para cada lado. Até que, aos 9s do desempate, Kim tentou um ippon e levou um waza-ari da brasileira; a arbitragem inicialmente considerou o golpe da coreana, mas revisou o lance e deu a vitória à judoca do Brasil.
Nas semifinais, Bia teve outro páreo duríssimo: a francesa Romane Dicko, bronze em Tóquio-2020 e líder do ranking. Mas a brasileira não decepcionou. Após um 0 a 0 no tempo regulamentar do confronto, as duas judocas foram para o Golden Score. Aí, Bia conseguiu um ippon após 37s, frustrando a torcida da casa e avançando à decisão.
Na final, veio Raz Hershko. Beatriz conquistou um waza-ari a 3min14s para o fim da cronometragem. A arbitragem ainda deu dois shido para cada lado, mas a israelense não conseguiu encaixar golpes.
Melhor para o judô do Brasil, que se garantiu no topo do pódio. E para Beatriz, que se emocionou com a comissão técnica do lado de fora do tatame.
Fonte: Band
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