Justiça autoriza inventário extrajudicial mesmo com herdeiro menor incapaz

Botões de Compartilhamento

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (20), por unanimidade, a realização de inventário e partilha de bens por via administrativa, em cartórios, mesmo nos casos da presença de menores incapazes entre os herdeiros.  

Ao longo dos anos, o CNJ vem ampliando as possibilidades de realização de inventário sem a necessidade de se abrir uma ação judicial, caminho mais caro e demorado, por meio do registro da partilha amigável de bens em cartório, via escritura pública, procedimento mais rápido e barato.

Com a medida agora aprovada pelo CNJ, basta que haja consenso entre os herdeiros para que a partilha extrajudicial possa ser registrada em cartório. No caso de menores incapazes, a resolução sobre o assunto determina que o procedimento extrajudicial pode ser feito desde que lhe seja garantida a parte ideal de cada bem ao qual o incapaz tiver direito. O pedido de providências foi enviado ao CNJ pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

Antes, a partilha por via extrajudicial somente era possível se o herdeiro menor fosse emancipado, isto é, tivesse adiantada a sua declaração como legalmente capaz. Essa necessidade agora fica afastada, e o inventário por meio de escritura pública se torna possível em qualquer configuração. Desse modo, um juiz precisará ser acionado somente em caso de disputa na divisão dos bens.

Pela regra aprovada nesta terça (20), se houver herdeiro menor incapaz, os cartórios deverão remeter a escritura pública de inventário ao Ministério Público, que deverá dar parecer favorável ou desfavorável. Somente se o MP considerar a divisão injusta com o menor em questão, deve-se submeter o caso a um juiz.  

A nova medida havia sido primeiro proposta pelo conselheiro Marcos Vinícius Jardim, que encerrou seu mandato em 10 de maio. A proposta foi depois encampada pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, e pelo presidente do CNJ, Luis Roberto Barroso.  

“Por certo o Judiciário não aguenta, além dos 80 milhões de processos que já tem, ainda mais os inventários e partilhas envolvendo menores”, disse o conselheiro João Paulo Schoucair, que apresentou voto vista nesta terça (20).

Fonte: Agência Brasil

Notícias mais lidas

Casal é preso por tráfico de drogas em Rio Negrinho

Corpo de jovem desaparecido é encontrado enterrado em propriedade rural de Campo Alegre

Adolescente é levado ao hospital após ser atropelado por trem em Rio Negrinho

Ex-funcionário é preso após furtar R$ 80 mil de empresa em São Bento do Sul

Área de escape na Serra Dona Francisca vai “aproveitar” atual traçado; redesenho de curva terá concreto

Últimas notícias

TSE torna Luciano Hang inelegível até 2028 por abuso de poder

Idosa de 75 anos morre atropelada por van na BR-470 em Gaspar

São Bento do Sul: Rafaela é ouro e Breno e Marco Antônio trazem a prata do Rio Open de Taekwondo

Salário médio de admissão em Santa Catarina é o terceiro maior do país, mostra informativo da Seplan

Homem fica ferido após colisão entre carro e moto em São Bento do Sul

Nota de falecimento