Se outubro é o mês de prevenção do câncer de mama, representado pela cor rosa, e novembro é da prevenção de doenças masculinas, com a cor azul, em setembro foi adotado o amarelo para colorir o movimento mundial de conscientização da população sobre a realidade do suicídio.
E mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional “Setembro Amarelo”.
Assim, desde 2014, a entidade, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), divulga e conquista parceiros no Brasil inteiro com essa campanha. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o “Setembro Amarelo” é a maior campanha anti-estigma do mundo. Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”
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NÚMEROS TRÁGICOS
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. Com isso, estima-se mais de um milhão de casos.
No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil mortes por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS.
Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria deles poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.
CVV em Rio Negrinho
Para previnir esse drama que é mundial, o Centro de Valorização da Vida (CVV) de Rio Negrinho trabalha há 15 anos gratuitamente na prevenção de suicídios. O CVV é uma instituição que tem ajudado centenas de pessoas.
Algumas delas buscam conversar, contar seus problemas e ter uma companhia até para dividir uma notícia boa ou ruim. Inicialmente, o CVV foi criado para a prevenção de suicídios.
Fundado em 1962, em São Paulo, é uma associação sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como utilidade pública federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional à prevenção do suicídio, para todas as pessoas que querem e precisam conversar sob total sigilo.
De acordo com a presidente e representante da Mantenedora, Marília Kruger Berkenbrock, a campanha do Setembro Amarelo é de conscientização sobre a prevenção ao suicídio.
“Setembro Amarelo teve início em 2014, desde então a participação de todos os setores aumentou ano a ano. A proposta é pintar, iluminar e estampar o amarelo, garantindo mais visibilidade à causa e promover espaços para reflexão sobre os assuntos, com debates, rodas de conversa, palestra e entrevistas”, explica.
AJUDANDO O CVV
O CVV é uma entidade sem fins lucrativos. Porém, com apenas 10 voluntários trabalhando, há dificuldade para elaborar um projeto com uma programação de eventos para angariar fundos.
Marília, que é mantenedora, explica que hoje a entidade tem uma conta para receber recursos. Empresas e pessoas que queiram ajudar com qualquer valor podem depositar na conta. O dinheiro é usado para custear cursos, treinamentos e demais atividades realizadas pelos voluntários.
O CVV é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, apolítica, sem religião definida e exercida por voluntários que através de cursos se preparam para ouvir, conversar com pessoas com depressão, ansiedade, estresse e tantos outros sentimentos que amarguram a vida cotidiana do ser humano.
“Aprendemos também a não direcionar, mas sim fazer entender e descobrir uma maneira de conduzir melhor sua vida”, explica Marília. Informações sobre as doações pelo telefone (47) 99139-0212, com Marília.
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