Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas o que as mulheres precisam entender é que os cuidados com a sua saúde precisam e devem ser feitos o ano todo.
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E para falar mais sobre o câncer de mama, diagnóstico e tratamento, a equipe do Jornal Perfil recebeu em sua sede a paciente Cristiane Gonçalves, que há um ano luta contra a doença. Ela conta que tudo começou quando percebeu um caroço no seio direito e ela se dirigiu à Rede Feminina de Combate ao Câncer, onde o primeiro procedimento foi uma mamografia.
“Fiz o exame em maio de 2023, mas o diagnostico saiu em junho. Já havia percebido um caroço, minhas amigas da escola falaram para ver o que era. Foi quando decidi ir na Rede Feminina, onde fui bem acolhida. Deu uma alteração no exame, e com isso fui até um ginecologista, fiz um ultrassom e lá foi constatado que eram dois nódulos”, conta Cristiane. E com a biopsia foi constatado o câncer.
Reação do diagnóstico
Cristiane conta que desde o início sempre foi muito amparada pela família. Na noite anterior ela chorou muito à espera do diagnóstico: “eu estava com muito medo”.
Porém, quando veio o resultado, ela diz que foi muito forte, “por minha família, que nunca me deixou desamparada”. Dias depois, Cristiane foi consultar com uma mastologista: o tumor estava bastante grande. Então ela foi encaminhada para um oncologista. Foi quando a ficha de Cristiane caiu e ela sentiu que seria difícil aceitar que estava com câncer.
“Esta foi a etapa mais complicada porque o médico falou que teria que ir para a quimioterapia e minha maior tristeza era cair o cabelo, mas sabia que minha vida era mais importante. Quando fiz a primeira quimioterapia, dias depois o cabelo começou a cair”.
Tratamento e cirurgia
Cristiane iniciou o tratamento de quimioterapia apoiada pelo marido. Tentou ser forte em todos os momentos, mas quando foi para casa as primeiras reações começaram. E com isso o medo de não sobreviver para ver os filhos, o marido e sua família.
“Foram tantas emoções misturadas que você começa se questionar e perguntar para Deus: por quê comigo? Por outro lado, a gente sabe que são etapas e um processo que todos os pacientes de câncer passam. Depois que terminaram as quimios fiz a cirurgia para retirada da mama”.
A luta continua
Depois da quimioterapia, cirurgia e sessões de radioterapia, o resultado é que Cristiane está com um câncer metastático. Ou seja: ela precisa iniciar um novo tratamento com 14 sessões de quimioterapia. “Segundo o médico, agora não posso fazer nenhum tipo de exame devido à radioterapia, semana que vem tenho uma nova quimio”.
Aprendizado
“Todos os dias quando levanto quero aproveitar o dia, independente, de como eu esteja, olho para o espelho tentando me encontrar de novo, porque terei meu normal e uma parte de mim já se foi. Eu tento não mais ser tão forte e colocar todos os sentimentos para fora. E agradecer a Deus por tudo que vivi, passado pelo tratamento e conhecer pessoas com tantas histórias. E as perguntas do porquê. Não é fácil, mas preciso sempre pensar positivo e viver um dia de cada vez”
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