O governo federal, por meio do ministério de Portos e Aeroportos, deu início nesta terça-feira (17) à retomada da gestão do complexo portuário de Itajaí. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e as demais entidades do setor produtivo haviam se manifestado contrárias à federalização da autoridade portuária de Itajaí.
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O porto teve as atividades paralisadas em 2022, e apenas este ano teve suas atividades retomadas, com a JBS Terminais assumindo a concessão temporária. A decisão de assumir a gestão do Porto de Itajaí foi tomada após um amplo debate dentro do governo.
A gestão será feita pela Autoridade Portuária de Santos (APS). A escolha seguiu a recomendação de que a administração do Porto de Itajaí fosse atribuída a uma empresa com forte capacidade de gestão e estabilidade financeira, a fim de garantir a continuidade das operações, a preservação dos postos de trabalho e a movimentação eficiente de cargas.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que “o trabalho conjunto entre os dois portos fortalece a competitividade logística, facilita a otimização de rotas e operações e melhora a eficiência no atendimento ao mercado internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico de ambas as regiões”, disse.
Perda
Na coletiva de imprensa em que apresentou o balanço do ano para o setor industrial e as perspectivas para 2025, o presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar expressou sua preocupação com a federalização do porto de Itajaí. “Santa Catarina tem uma gigantesca estrutura portuária, e pode perder parte de sua movimentação de cargas para o porto de Santos”, disse ele.
Fecomércio/SC
Ao manifestar seu posicionamento, a Fecomércio/SC disse que seguirá vigilante para que não haja novas paralisações do Porto de Itajaí após a decisão pela federalização da autoridade portuária.
“A Federação entende que o melhor caminho seria uma prorrogação, ainda que por um prazo curto, do convênio que delegava a responsabilidade da União para o município. Agora, a responsabilidade será repassada à Autoridade Portuária de Santos (APS).
Espera-se que esse seja apenas uma solução temporária. Não é razoável pensar que o segundo maior complexo portuário do Brasil possa estar subordinado a Santos, hoje líder em movimentação de contêineres no país. A Fecomércio, nesse caso, defende a criação de uma autarquia local para a gestão do porto, ainda que sob controle da União.
Em linhas gerais, devemos, a todo custo, evitar que o porto seja novamente paralisado, a exemplo do que ocorreu entre o fim de 2022 e meados deste ano, provocando perdas imensuráveis para Itajaí e Santa Catarina. A Fecomércio SC se mantém à disposição para contribuir com este tema e quaisquer outros de interesse de Santa Catarina”.
Fonte: Rede Catarinense de Notícias
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