Nesta semana a equipe do Perfil Notícias esteve na casa da técnica de enfermagem, Noeli Zelnner, agora aposentada definitivamente ela contou como foram os 52 anos dedicados à Fundação Hospitalar. Noeli é uma pessoa extremamente dedicada com a sua profissão, e nestes 52 anos perdeu as contas de quantas crianças ela ajudou a nascer. Sua história com o hospital teve início no dia 1º de março de 1971, quando ela começou a trabalhar como copeira. Pouco tempo depois passou a fazer da recepção e em seguida passou a ajudar na parte da enfermagem, dedicando cuidados especiais para as pessoas que mais precisavam. “Lembro que na época o hospital tinha no comando freiras, elas eram autoritárias mais ao mesmo tempo nos ensinavam muito. E foi com ajuda delas que cresci e aprendi muita coisa. Entrei para trabalhar na copa e quando me vi estava dentro dos quartos ajudando com os pacientes e nos partos das crianças”, conta.
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Os colegas de Noeli, sempre diziam que ela tem algo especial, desde o primeiro dia que começou a trabalhar no hospital. Sempre dedicada por várias vezes ajudava de forma diferente as mamães na hora do parto, cuidadosa, incansável e comprometida, ela cruzou o caminho de pessoas e ainda hoje a encontram na rua e agradecem pela ajuda. “Não posso falar o número de partos que ajudei a fazer, perdi as contas, mas as pessoas lembram de mim com carinho. Muitas delas vem falar comigo e algumas agradecer o que fiz por elas. Da mesma forma sempre trabalhei no hospital, não querendo dizer que fui a melhor, mas me dediquei para isso. E ajudar as pessoas é algo que está dentro de mim, quando eu vejo já fiz e ajudei”, destaca.
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LEMBRANÇAS
Durante os 52 anos de hospital, Noeli frisa que são muitas as lembranças, de pessoas que trabalharam com ela, algumas que já se foram, outras que ainda estavam com ela, como a amiga Rose, que juntas trabalhavam na maternidade. Da mesma foram médicos, que passaram pelo hospital e ela sempre pronta para ajudar. Sobre o primeiro parto que ela ajudou, não lembra mais quem era mais, por outra lado e com emoção contou que foram muitos mais dias felizes do que triste. “Não consigo lembrar quem foi a primeira criança que ajudei no parto, mas sei que por minhas mãos fiz muitas famílias felizes. Fui feliz e já estou com saudades de todos, mas agora senti que era a hora de parar e cuidar um pouco de mim”, disse.
EXPERIÊNCIAS
Foram muitas as experiências que teve, junto com as parteiras que primeiramente faziam os partos, depois os médicos e todas as mulheres que ela estendeu a mão. As histórias que as mulheres contavam sobre suas vidas. Muitas delas sendo o primeiro filho, e outras que já tinham mais de 10. Ajudar sempre foi o lema de vida de Noeli, ela não podia ver uma mãe passando necessidade, da mesma forma as crianças. “Lembro que teve uma noite que eu estava passando nos quartos, eu sempre fazia isso de madrugada. Passada em todos os leitos para ver como estavam as mães e os filhos, e chegando em um quarto, vi que a mãe dormia e que a criança estava afogada. Rapidamente tirei ele do berço e corri para desafogar. A mãe acordou assustada e veio perguntar o aconteceu e eu contei. Dias atrás encontrei esta mãe e seu filho e ambos me agradeceram, estes pequenos gestos que marcam a minha vida”, contou emocionada. Noeli disse que hoje a palavra que a define é gratidão por todas as pessoas que trabalharam com ela e passaram por sua vida. Agora ela vai escrever um novo capitulo de sua vida, com o merecido descanso.
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