A sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na noite de ontem (17), foi marcada por momentos de tensão, manifestações e pedidos de ordem por parte do presidente da Casa, vereador Rodrigo dos Santos (PL). O plenário Rodolfo Jablonski estava lotado, com a presença majoritária de pais, alunos, professores e a direção do Colégio São José. O principal tema debatido foi o decreto assinado pelo prefeito Caio Treml (PL), para a desapropriação do colégio, localizado no centro da cidade.
Na última sexta-feira (14), os vereadores Ronei Lovemberger (Republicanos),, Manoel Alves Neto (União Brasil), Anderson Castro (PP), e Nedlin Sacht Padilha (Novo), estiveram reunidos com pais, professores e a direção do colégio. Durante a conversa, apresentaram um pedido para que o decreto do prefeito fosse sustado, o que gerou grande repercussão na cidade.
Durante a sessão de ontem, esses mesmos vereadores apresentaram um requerimento solicitando que a Secretaria de Educação divulgasse os números das filas de espera para alunos da rede municipal. Foi nesse momento que a sessão ficou mais acalorada, levando o presidente da Casa a intervir para manter a ordem.
O vereador Anderson destacou que tanto ele quanto seus colegas receberam um ofício do presidente da Câmara informando que teriam que compartilhar o mesmo gabinete. “Pedimos esse requerimento sobre as vagas nas escolas justamente por causa desse embate com o Colégio São José. Não quero politicagem aqui, e assim parabenizo publicamente o prefeito Caio pelas boas obras realizadas no município. Mas não posso aplaudir decisões que não trazem benefícios para a população. Recebemos uma notificação do presidente da Casa informando que perderemos nossos gabinetes pelo fato de termos recebido as pessoas na última sexta-feira. A porta da Câmara estava aberta, e os pais foram entrando”, afirmou Anderson.
Após a fala do vereador, parte do público se manifestou, tornando necessário um novo pedido de ordem do presidente da Câmara. “Peço ordem na Casa. Aqui temos um regimento, e este não é um lugar para desordem. Por isso, seguimos regras que não foram escritas por mim, mas por vereadores que já passaram por esta Casa”, declarou Rodrigo dos Santos.
Sem votação
O pedido para sustar o decreto da prefeitura segue sem votação.