Santa Catarina realiza cirurgia inédita em paciente jovem com tumor ósseo pelo SUS

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Unidade do Governo do Estado, o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, realizou pela primeira vez uma complexa cirurgia de reconstrução de membro inferior em um paciente com osteossarcoma, um dos tipos mais agressivos de tumor ósseo. O procedimento inovador preservou a perna do paciente e representou um grande avanço no tratamento oncológico ortopédico na região e em Santa Catarina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / SECOM

O osteossarcoma é o tipo de câncer ósseo mais comum em crianças e adolescentes, ocorrendo principalmente entre os 10 e 20 anos, fase em que os ossos crescem rapidamente. Esse tumor atinge sobretudo os ossos longos, sendo os mais afetados o fêmur, que responde por 80% dos casos, e a tíbia, especialmente na região do joelho.

O diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet, reforçou o compromisso da instituição em oferecer tratamentos inovadores e humanizados para seus pacientes. “Nosso objetivo é proporcionar não apenas a melhor abordagem terapêutica, mas também garantir que o paciente tenha qualidade de vida durante todo o processo de tratamento. No Cepon, contamos com a Ala de Adolescentes e Jovens Adultos (AJAS), um espaço projetado para atender jovens a partir dos 15 anos, onde o acolhimento e a humanização são prioridades”, destaca.

A intervenção consistiu na substituição completa do fêmur, da articulação do joelho e do quadril, utilizando uma endoprótese biarticulada. Esse tipo de reconstrução permite que o paciente mantenha o membro afetado, proporcionando melhor qualidade de vida em comparação com a amputação, que dificultaria o uso de próteses convencionais.

“O principal benefício é a preservação do membro, permitindo ao paciente caminhar com sua própria perna, sem depender de próteses externas ou andadores. Caso houvesse uma amputação nesse nível, a adaptação seria muito mais difícil”, explicou o coordenador do setor de ortopedia do Cepon, Elcio Madruga.

A cirurgia teve duração aproximada de quatro horas e meia. O paciente recebeu acompanhamento pós-operatório e quimioterapia. O mesmo recebeu alta 10 dias após a cirurgia. Embora esse tipo de procedimento já seja realizado em outros centros especializados do país, esta foi a primeira vez que foi conduzido no Cepon.

“Essa conquista abre caminho para novas possibilidades de tratamento na região”, destacou o Dr. Madruga. A realização desse procedimento pelo Cepon representa um marco na ortopedia oncológica da instituição, ampliando as opções terapêuticas para pacientes com tumores ósseos e reforçando a qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS.

Fonte: Agência de Notícias SECOM

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