As exportações de Santa Catarina tiveram um aumento de 7,6% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual corresponde ao salto no valor total exportado de US$ 2,57 bilhões para US$ 2,78 bilhões entre janeiro e março, ou seja, alta de cerca de US$ 200 milhões. Os dados são divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) do governo federal.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Arquivo/Secom
A alta de 7,6% nas exportações de Santa Catarina é puxada, principalmente, pelos setores do agronegócio, madeira e maquinário. As vendas de carnes suína (+19%) e de aves (+15%), que são os principais produtos da pauta exportadora catarinense, registraram aumento significativo. O faturamento com exportações de carnes de aves chegou a US$ 499 milhões e de carne suína a US$ 398 milhões.
“Os produtos catarinenses são de excelência. O mundo todo quer comprar o que produzimos aqui. Os números só comprovam isso. Tem comprometimento do produtor nesse capricho e também do Estado pra ajudar. Criamos o Estrada Boa, criamos a Secretaria de Porto, Aeroportos e Ferrovias, tudo pra garantir uma infraestrutura melhor pra quem escolheu produzir aqui”, destacou o governador Jorginho Mello.
Outro setor que mostrou bom desempenho foi a exportação de madeira parcialmente trabalhada, com alta de 20% no trimestre, chegando a US$ 127 milhões de faturamento em 2025. Segmentos do agronegócio como tabaco (+154%), carnes processadas e defumadas (+81%) e farelo de soja (+42%) também cresceram. Assim como bombas, centrífugas, compressores de ar e exaustores (+18%) e materiais de construção de argila e refratários (+16%).
“O primeiro trimestre de 2025 foi muito positivo no quesito exportações, com crescimento expressivo em diversos setores. Santa Catarina tem uma indústria que produz com qualidade e excelência, e isso é reconhecido lá fora. Esse crescimento merece destaque principalmente frente ao resultado nacional, que ficou negativo”, afirmou o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck. No país, as exportações oscilaram negativamente -0,5% no primeiro trimestre.
O principal destino das exportações catarinenses no primeiro trimestre foi os Estados Unidos, com US$ 399 milhões em faturamento, ou 14% do total vendido por Santa Catarina. A China está em segundo lugar, com US$ 248 milhões ou participação de 9%. Argentina (US$ 221 milhões) e Japão (US$ 164 milhões) aparecem na sequência. O Chile fecha o top 5 com US$ 130 milhões.
Embora as exportações tenham encolhido para Estados Unidos (-4,2%) e China (-2,9%), Santa Catarina passou a vender mais para outros países. Entre os principais destinos, Argentina (+34%), Japão (+21%), Uruguai (+21%) e Reino Unido (+16%) compraram mais produtos do estado. Os europeus e asiáticos importaram mais carnes, enquanto os vizinhos sul-americanos adquiriram mais produtos industrializados de papel e de metal.
“A economia de Santa Catarina é muito diversificada, o que garante abertura a diversos mercados. No primeiro trimestre, o estado exportou para quase 200 destinos pelo mundo. Isso demonstra a força e competitividade da nossa produção”, acrescenta o secretário Silvio Dreveck.
Destaque nacional pela eficiência de seus portos, Santa Catarina registrou aumento de 15,3% nas importações no primeiro trimestre de 2025 comparado ao mesmo período do ano anterior. O valor importado passou de US$ 7,56 bilhões para US$ 8,73 bilhões. Ou seja, alta de US$ 1,1 bilhão. O estado é historicamente a porta de entrada de diversas mercadorias do mercado do Sul e Sudeste, se destacando nos segmentos de transportes e logística.
O principal país de origem das importações catarinenses é a China, com US$ 3,94 bilhões, ou aproximadamente 45% do total. Os chineses venderam principalmente máquinas, aparelhos e componentes elétricos e eletrônicos, como semicondutores, além de fios e tecidos e equipamentos e matérias-primas industriais.
Em segundo lugar está o Chile, com US$ 540 milhões importados por Santa Catarina. O país sul-americano é o principal fornecedor de cobre para a fabricação de geradores elétricos em Santa Catarina. Os Estados Unidos aparecem em terceiro, com US$ 529 milhões. Os americanos vendem a Santa Catarina polímeros, medicamentos, motores bem como produtos de borracha.
O top 5 origem das importações ainda tem Alemanha (US$ 397 milhões) bem como a Argentina (US$ 363 milhões).
Fonte: Agência de Notícias SECOM
