Abril é o mês da Conscientização sobre a Doença de Parkinson em Santa Catarina e esta sexta-feira (11), é o Dia Mundial. O estado é referência nacional na assistência a pessoas com Parkinson.
A condição neurológica crônica e progressiva não tem cura, mas é possível amenizar os sintomas e postergar o avanço da enfermidade com tratamento adequado. O Governo do Estado reforça os serviços oferecidos na rede pública de saúde, com uma estrutura que abrange desde a Atenção Primária até cirurgia de alta complexidade. Atualmente, 3.580 pacientes recebem regularmente medicamentos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“O tratamento, que pode incluir medicamentos, psicoterapia, fisioterapia e até cirurgia, está disponível no Sistema Único de Saúde e tem como objetivo controlar os sintomas e retardar a progressão da doença. O SUS oferece diversas opções de medicamentos, e informações sobre os disponíveis podem ser obtidas nas farmácias públicas do município de residência”, explica Lia Quaresma Coimbra, gerente técnica da Diretoria de Assistência Farmacêutica da SES.
A Doença de Parkinson é uma condição que afeta o sistema nervoso central, principalmente o sistema motor, responsável por controlar os movimentos do corpo. Pode se manifestar de formas distintas em cada indivíduo. Os sintomas mais comuns são lentidão nos movimentos, tremores nas mãos, rigidez muscular, alterações na fala e perda de equilíbrio.
Ao notar qualquer um desses sintomas, a orientação é buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. O diagnóstico precoce é importante para o tratamento da doença, retardando a sua progressão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
A estimativa é que entre 100 e 200 brasileiros por 100 mil habitantes convivam com a condição, cuja ocorrência aumenta com a idade — geralmente a partir dos 50 anos.
A Atenção Primária à Saúde tem papel essencial, desde o diagnóstico precoce até o acompanhamento contínuo dos pacientes. A rede oferece encaminhamento para neurologistas, orientação sobre o uso de medicamentos, apoio psicossocial, reabilitação e suporte interdisciplinar.
Santa Catarina garante acesso gratuito a medicamentos para o controle da doença em todos os municípios catarinenses. Os fármacos podem ser obtidos nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde dos municípios e também nas farmácias de Medicamentos Especializados, da Secretaria de Estado da Saúde. Atualmente, 3.580 pacientes recebem regularmente medicamentos especializados.
O Estado também oferece alternativa cirúrgica, o implante de eletrodo para estimulação cerebral, realizado no Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), unidade própria da SES. A intervenção é considerada a mais eficaz no cuidado de casos específicos, como sintomas motores não controláveis com medicamentos, doença em estágio avançado e flutuações motoras intensas — variações bruscas dos sinais ao longo do dia.
Localizado em Florianópolis, o Hospital Celso Ramos é referência em neurologia e neurocirurgia, com foco na restauração neurofuncional. A unidade é a primeira do Brasil a oferecer tratamento cirúrgico para Parkinson pelo SUS e concentra os procedimentos em SC.
Atualmente, o Hospital Celso Ramos recebe mais de 300 pacientes com implantes para tratamento da Doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento, dos quais 250 seguem em atendimento ambulatorial regular. Mensalmente, a instituição realiza, em média, oito cirurgias, oito mapeamentos para a primeira programação, 150 consultas ambulatoriais, 150 retornos e ajustes de programação.
A estrutura conta o Ambulatório de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento, que presta assistência a 150 pacientes por mês, além do Centro de Alta Complexidade, que trata doenças neurológicas como Parkinson. Possui profissionais com PhD na área e, desde 2024, tem um Programa de Pós-Residência Médica em Distúrbios do Movimento e Doença de Parkinson.
Fonte: Agência de Notícias SECOM