Saúde alerta para o alcance do cigarro eletrônico entre crianças e adolescentes

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Neste sábado (31), é o Dia Mundial Sem Tabaco e este ano o tema é Desmascarando a indústria do tabaco: expondo as táticas das empresas para deixar os produtos de tabaco e nicotina mais atrativos. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça o alerta para as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, assegurando o direito à saúde de crianças, adolescentes, jovens e da população em geral. Santa Catarina conta com uma rede estruturada de apoio para cessação do tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Imagem ilustrativa/Freepik

No ano de 2024, 14.444 pessoas procuraram tratamento para parar de fumar pelo SUS. Desses, 11.005 pessoas tinham de 18 a 60 anos, seguidos de 3.334 idosos acima de 60 anos, e 105 jovens com menos de 18 anos de idade. Do total, 7.653 pessoas aderiram ao tratamento. Mas, apenas 5.422 ficaram abstinentes, ou seja, pararam de fumar.

“No estado, a estimativa de fumantes, com 18 anos ou mais, é de 17,7% entre homens e 10,6% entre as mulheres. Se você deseja tratamento para cessação do tabagismo, procure a Secretaria de Saúde de seu município e informe-se sobre qual unidade de saúde mais próxima de sua residência tem disponível o Programa de Controle do Tabagismo oferecido pelo SUS”, destaca Adriana Elias, enfermeira e coordenadora Estadual de Controle do Tabagismo.

O tabagismo é uma grave ameaça à saúde global. Em Santa Catarina, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e do Vigitel apontam uma tendência de redução no número de fumantes, mas com aumento preocupante no uso de cigarros eletrônicos entre jovens. Para proteger as futuras gerações e garantir a diminuição do tabagismo é fundamental que haja conscientização quanto às estratégias da indústria, a promoção de mudanças nas políticas públicas e redução da demanda por produtos de tabaco e nicotina, especialmente entre jovens.

Estudos recentes indicam que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), como os cigarros eletrônicos, contêm substâncias tóxicas, metais pesados e compostos cancerígenos. Além disso, são altamente eficazes em induzir e manter a dependência da nicotina. A suavidade do discurso em torno desses produtos esconde um grave risco à saúde pública, especialmente pelo apelo entre adolescentes.

Nos últimos 20 anos, o Brasil consolidou avanços relevantes no controle do tabaco, incluindo a adoção de ambientes livres de fumo, a ampliação das advertências sanitárias nas embalagens de produtos do tabaco e nos pontos de venda, a expansão do programa para cessação do tabagismo no SUS e o monitoramento epidemiológico contínuo. Mas os desafios continuam, como os baixos preços dos cigarros convencionais, o comércio ilegal de produtos de tabaco, a comercialização de produtos de tabaco contendo aditivos, saborizantes e a publicidade em mídias digitais, entre outros.

Luta pela vida

As doenças associadas ao tabagismo são o câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares — geram um elevado custo humano, social e econômico. “Trata-se de uma dependência que ultrapassa o aspecto físico, afetando também o bem-estar emocional, as relações sociais e a qualidade de vida do indivíduo”, explica Adriana Elias.

Proteger a saúde da população, especialmente das futuras gerações, é uma missão coletiva. A luta contra o tabagismo é, antes de tudo, uma luta pela vida. E ela começa com informação, atitude e políticas públicas eficazes.

Onde buscar atendimento

Em Santa Catarina, cerca de 84% dos municípios oferecem grupos de apoio e tratamento individualizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também atendem pacientes que apresentam comorbidades associadas ao uso do tabaco, como ansiedade e depressão. Além disso, há também atendimento especializado para pacientes internados em hospitais que implantaram o Programa Nacional de Controle do Tabagismo.

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