Nos dias 3 e 4 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu, em São Bento do Sul, o Seminário de Capacitação da Atenção à Saúde das Pessoas com Estomias e Epidermólise Bolhosa. O objetivo foi orientar e capacitar profissionais de saúde que atuam no atendimento de aproximadamente 6 mil pacientes no estado com essas condições.
Essa etapa do evento contou com a participação de 66 profissionais da área da saúde, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais que atuam nos hospitais da rede pública e na atenção primária à saúde dos municípios da região.
“Reforçamos a importância da participação dos profissionais da rede na atualização e no aprimoramento do manuseio adequado das tecnologias fornecidas pela SES, para que possam atender e orientar corretamente os pacientes”, explica Jaqueline Reginatto, gerente de Habilitações e Redes de Atenção da SES.
Organizado pela SES, em parceria com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o seminário ocorreu ao longo de dois dias, oferecendo aulas teóricas, práticas e mesas de discussão, com foco na atualização de conhecimentos e na troca de experiências entre os profissionais.
A estomia é uma cirurgia para criação de uma abertura na parede abdominal ou na traqueia de forma definitiva ou provisória. Essa intervenção visa estabelecer uma via alternativa de comunicação com o meio externo para eliminação de urina ou fezes, além de auxiliar na respiração ou alimentação, contribuindo para a melhora na qualidade de vida do paciente.
Santa Catarina é o único estado do país a oferecer insumos padronizados para a reabilitação fonatória e pulmonar. Dos dez itens fornecidos aos pacientes, apenas a laringe eletrônica é disponibilizada pelo Ministério da Saúde; os demais são adquiridos com recursos próprios da SES. Atualmente, o estado possui cadastro de 5.867 pacientes, sendo 5.577 com estomias intestinais e urinárias, e 290 com estomias respiratórias.
A Epidermólise Bolhosa é uma doença genética rara, hereditária, que provoca a formação de bolhas na pele após mínimos atritos ou traumas, podendo se manifestar já no nascimento. Santa Catarina possui o programa “SC Cuidando das Borboletas”, criado para atender esses pacientes pelo SUS em unidades de referência, além do fornecimento de insumos necessários ao tratamento, custeados pelo Governo do Estado até que estejam padronizados no SUS em todo o país. Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a criar um programa específico para o tratamento dessa condição em fevereiro de 2024.
Fonte: Agência de Notícias SECOM