O automobilismo catarinense se despede de um de seus maiores nomes: Alfredo Baum, pioneiro das corridas com carros antigos, faleceu deixando um legado marcado por velocidade, paixão e solidariedade. Sua trajetória começou em 1971, quando se consagrou vencedor da primeira competição realizada em estradas urbanas e rurais abertas ao tráfego — um evento inédito na época, batizado de “Ginkana” e idealizado por organizadores da cidade de São Bento do Sul. O percurso atravessava também os municípios de Campo Alegre e Rio Negrinho, e era exclusivo para carros antigos originais.
Com habilidade e coragem, Alfredo venceu essa prova inaugural, e no ano seguinte seguiu brilhando ao lado de outros pilotos, já em pistas de terra fechadas — medida adotada por questões de segurança e que transformaria o cenário das corridas em Santa Catarina. Foi nesse novo formato que o piloto se destacou na categoria de carros com motor V8, acumulando vitórias em campeonatos estaduais e conquistando a admiração do público.
O talento parecia correr no sangue. Seu irmão, Pedro Baum, também conquistou inúmeras provas na categoria de quatro cilindros, e juntos tornaram o sobrenome Baum sinônimo de excelência nas pistas. Do início da década de 1970 até o começo dos anos 1980, os irmãos marcaram época, ajudando a transformar Rio Negrinho em um polo regional do automobilismo. A paixão pelas corridas permanece viva na cidade até hoje, inspirada pelas façanhas dos Baum e alimentada por novas gerações de entusiastas.
A influência de Alfredo vai além do esporte. Seu legado impulsionou iniciativas como o Rally Rio Negrinho, evento criado em 2019 que já conta com sete edições e mais de R$ 500 mil arrecadados em prol do Hospital da Cidade. Em reconhecimento à sua importância histórica e contribuição à comunidade, o hospital presta uma homenagem especial ao Sr. Alfredo Baum e se solidariza com seus familiares e amigos neste momento de despedida.