As microempresas foram responsáveis pela maior parte dos novos empregos em abril de 2025 em Santa Catarina. No mês de referência, as microempresas (ME) geraram 70,5% do saldo de empregos formais da Indústria, Construção, Comércio e Serviços no estado.
A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) lançou nesta terça-feira, 24, uma nova edição do Informativo Mensal de Empregos. A publicação traz como destaque a análise do emprego por tamanho do estabelecimento. Os resultados têm como base os microdados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), analisados pela equipe de economistas da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan.
“O catarinense é um povo empreendedor e o Estado tem criado um ambiente propício para o negócio próprio. Temos ações que facilitam a abertura de empresas, ampliam o crédito subsidiado e garantem segurança pública e segurança jurídica para quem deseja empreender”, destacou o governador Jorginho Mello.
No acumulado do ano, as microempresas criaram 41,8% das novas vagas de trabalho em solo catarinense, enquanto as grandes empresas geraram 24,2%, um índice também relevante. As pequenas e médias empresas ofereceram, juntas, 34% das novas contratações. Os dados evidenciam a dinâmica do mercado, onde os diferentes portes de empresas desempenham papéis complementares na oferta de emprego e fortalecimento da economia.
O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, avalia que os resultados refletem o investimento do Governo de Santa Catarina no subsídio a operações de crédito para micro e pequenas empresas do estado. “Os dados convergem para a evidência de que as políticas públicas têm favorecido a vitalidade econômica e o empreendedorismo, ao mesmo tempo que alavancam o emprego e a qualificação profissional”, afirmou Fabricio Oliveira.
Trata-se do subsídio para operações de crédito via Pronampe Santa Catarina e Juro Zero, que beneficiaram cerca de 30 mil CNPJs no último ano. Para tanto, foram aplicados R$37,8 milhões no fomento às microempresas, pequenas empresas e aos microempreendedores individuais (MEI).
De acordo com o gerente de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas da Seplan, Pietro Caldeirini Aruto, a relevante contribuição das microempresas na geração de empregos indica um setor empresarial dinâmico e resiliente. “As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 59% das novas vagas formais de trabalho. Esses segmentos são frequentemente mais adaptáveis às mudanças do mercado e podem reagir mais rapidamente às oportunidades”, afirmou.
Nesse sentido, o economista Pietro Aruto salienta a capilaridade da geração de renda por meio das microempresas, o que favorece a inclusão social. “Isto porque elas tendem a ser mais distribuídas, tanto geograficamente quanto setorialmente, beneficiando mais as comunidades e setores. Além disso, as microempresas diluem o risco de dependência apenas nas grandes empresas, que são mais suscetíveis a crises nacionais e internacionais”, completou Pietro.
Diante de tantos aspectos positivos, o secretário Fabricio Oliveira reforça a importância de considerar os desafios enfrentados pelas MEs, a fim de mitigar as possíveis vulnerabilidades. “O Governo do Estado continuará investindo em políticas públicas para o acesso ao crédito e à qualificação profissional e técnica dos empreendedores e colaboradores. Nosso papel é continuar fomentando a capacidade de crescimento e inovação das nossas empresas catarinenses”, afirmou Fabricio Oliveira.