Prevista para ser concluída nesta segunda-feira (30), a obra de estabilização e melhorias estruturais no trecho da SC-477, em Doutor Pedrinho, ainda não foi finalizada. O projeto, que teve início em 31 de outubro de 2024, tinha prazo de execução de 240 dias e um investimento total de R$ 23.974.089,18, com recursos próprios do Governo do Estado de Santa Catarina.
O trecho está bloqueado totalmente desde 2022 entre os quilômetros 124 e 139 em decorrência de um grande adensamento de pista, além de trincas no pavimento da via. A obra consiste na elaboração do projeto básico e executivo, bem como na execução de serviços de estabilização de parte do muro de terra armada, e na estabilização de taludes de corte e aterro, ao longo da rodovia SC-477, no trecho entre Dr. Pedrinho e Rio Negrinho. As empresas responsáveis pela execução dos trabalhos são a Terrabase Terraplanagem Ltda e a Oreio Engenharia Ltda.
Apesar do prazo ter se encerrado hoje, a obra está paralisada, conforme relatos de moradores da região e motoristas que utilizam o trecho. Usuários tinham apontado a presença de maquinários, movimentação de equipes e sinalizações provisórias, o que indicaria a continuidade das atividades no local, mas nas últimas semanas as máquinas deixaram o local e as obras paralisaram.
A SC-477 é um importante corredor logístico e turístico do Alto Vale e do Planalto Norte de Santa Catarina, ligando comunidades rurais e escoando a produção agrícola, além de servir como acesso a atrações naturais da região de Doutor Pedrinho. O trecho tem histórico de deslizamentos e instabilidade geológica, especialmente durante os períodos chuvosos, o que motivou a intervenção.
Até o momento, não houve comunicação oficial do governo estadual ou do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-SC) sobre um possível atraso ou novo cronograma de entrega. A comunidade aguarda um posicionamento com maior transparência sobre o motivo da não conclusão e o novo prazo para a finalização da obra.
Pois, com o período de inverno se intensificando, a preocupação cresce entre os moradores e condutores que dependem da via diariamente.