A partir desta semana, ficará disponível nas farmácias de Santa Catarina, a primeira caneta contra obesidade fabricada no Brasil. Semelhante ao Ozempic e Mounjaro, o medicamento injetável Olire foi desenvolvido pela farmacêutica EMS.
O produto tem como princípio ativo a liraglutida, substância que imita a ação do hormônio GLP-1, responsável, entre outras funções, por retardar o esvaziamento gástrico e aumentar a produção de insulina, ajudando a aumentar a saciedade e reduzir o apetite. A produção nacional foi possível após a queda das patentes desses medicamentos, no ano passado.
De acordo com a EMS, o produto começará a ser comercializado com preços a partir de R$ 307,26 (embalagem com 1 caneta) e R$ 760,61 (Olire com três canetas). O remédio não é genérico, conforme a empresa.
“Diferentemente de um genérico, a liraglutida da EMS foi aprovada pela Anvisa como um novo medicamento de ingrediente ativo já registrado no Brasil, pois é fruto de uma inovação tecnológica exclusiva no país”, afirma a EMS em nota.
Além da caneta voltada para o tratamento da obesidade, a fabricante também lançou uma caneta indicada para o controle do diabetes tipo 2, chamada Lirux. A previsão da EMS é produzir 200 mil canetas de ambos os lançamentos ainda em 2025. Em 12 meses, deverão ser disponibilizadas mais de 500 mil unidades no Brasil.
Tanto o Olire quanto o Lirux devem ser administrados uma vez ao dia, a qualquer horário e independentemente das refeições. Devem ser injetados por via subcutânea no abdômen, coxa ou parte superior do braço.
A semaglutida e a liraglutida ainda são as principais substâncias de canetas injetáveis utilizadas para os tratamentos de diabetes 2 e obesidade. De acordo com os estudos, a perda de peso alegada é de 6% ao longo de 12 semanas. Mas, enquanto a liraglutida é de uso diário, a semaglutida é semanal. Entre os principais remédios à base de liraglutida estão o Victoza e o Saxenda. Já o Ozempic e o Wegovy têm como princípio ativo a semaglutida.
Fonte: NSC Total