Santa Catarina registrou alagamentos em diversas regiões na manhã desta terça-feira, 9, e três mortes foram confirmadas em função das chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical no Sul do país. Um casal e um bebê de um ano, que estavam em um carro, foram levados por uma enxurrada em Palhoça, na Grande Florianópolis.
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SPDC/SC) segue monitorando a passagem do ciclone por SC e levantando os estragos junto aos municípios. De acordo com a previsão de tempo, as chuvas devem perder força a partir desta terça, mas as rajadas de vento tendem a ganhar força, principalmente na quarta.
“Recebi com enorme tristeza a notícia da morte de um casal e de um bebê em Palhoça. Minha solidariedade aos familiares e à comunidade. As forças de segurança já estão atuando nos locais de risco. Mas reforço o pedido: evitem áreas alagadas ou com sinais de desmoronamento e só saiam de casa em caso de extrema necessidade”, disse o governador Jorginho Mello.
Conforme orientação do governador, as Forças de Segurança estão envolvidas no atendimento de ocorrências, além de orientação aos motoristas devido aos alagamentos registrados em rodovias estaduais.
Nas primeiras horas da manhã, a chuva foi persistente, especialmente no Litoral. Os municípios da Grande Florianópolis registraram os maiores acumulados em seis horas: Santo Amaro da Imperatriz ultrapassou 146 mm, Palhoça somou 130 mm, Biguaçu chegou a 111 mm e Florianópolis acumulou quase 90 mm. O acumulado ultrapassou o esperado para o mês de dezembro na região – cerca de 130 mm. No Oeste, os temporais ocorreram de forma isolada, ocasionando também alagamentos e destelhamentos.

A instabilidade deve persistir ao longo da tarde desta terça-feira, com gradual diminuição da chuva a partir da noite, quando o sistema se afasta em direção a outras regiões do país.
Na quarta-feira, 9, o ciclone já estará em alto-mar, porém ainda muito próximo da costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Com isso, a condição para chuva diminui, mas o risco de vento forte aumenta. São esperadas rajadas entre 60 e 80 km/h do Meio-Oeste ao Litoral, enquanto nas áreas serranas próximas ao mar o valor pode se aproximar dos 100 km/h.

O risco é moderado a alto para ocorrências associadas a destelhamentos, danos na rede elétrica e queda de galhos e árvores.
A agitação marítima também aumenta entre quarta e quinta-feira, 11, com risco de ressaca. As ondas de direção nordeste e posteriormente de sul/sudoeste ficam em torno de 2,0 m no Litoral Norte e Baixo Vale do Itajaí, entre 2,0 m e 3,0 m na região da Grande Florianópolis e entre 3,0 m e 4,0 m no Litoral Sul, com picos ainda maiores em alto mar.

O risco é moderado a alto para ocorrências associadas à agitação marítima

Recomendações da Proteção e Defesa Civil
Além disso, a SPDC/SC reforça a importância de acompanhar as atualizações e alertas emitidos pelos canais oficiais nos próximos dias.