Na manhã desta quarta-feira (17), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, deflagrou a Operação “Artérias”. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa com atuação em Santa Catarina, através da prisão de integrantes, apreensão de veículos e congelamento de ativos financeiros.
Foto: MPSC/Divulgação
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa, expedidos pela Vara Estadual de Organizações Criminosas. As medidas judiciais incluem as apreensões de veículos provenientes das atividades ilícitas e o bloqueio de bens, decorrentes diretos da lavagem de dinheiro de origem criminosa. Durante o cumprimento dos mandados foram registradas duas prisões em flagrante, uma por posse ilegal de arma e outra por posse de drogas e munições.
As ordens judiciais foram cumpridas de forma simultânea nos municípios de Joinville, Jaraguá do Sul, Schroeder e São Francisco do Sul, todos em Santa Catarina. A operação contou com participação de 109 agentes nas ruas e em unidades prisionais, sendo mobilizados dois membros do MPSC, 42 integrantes do GAECO, 11 Policiais Penais, 40 Policiais Militares, 10 Policiais Civis e 05 Bombeiros Militares.
O objetivo da operação é desarticular as atividades da organização criminosa, visando ainda a apreensão de drogas, armas e documentos que comprovem as atividades ilícitas, suas ramificações e atuação no Norte do Estado. A operação busca também sufocar financeiramente o esquema ilícito, com uso de “laranjas” para ocultar os bens e valores decorrentes do crime e dificultar o seu rastreio por parte das autoridades.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal, que através de suas unidades operacionais atuam em conjunto no cumprimento das medidas cautelares, na captura de foragidos e nas conduções em flagrante delito. A ação contou também, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar para garantir a segurança da operação e ainda teve o suporte aéreo de um helicóptero Águia, do Batalhão de Aviação da Polícia Militar.
A investigação revelou mecanismos logísticos de compra, armazenamento e distribuição de entorpecentes na região de Joinville. Após aprofundamento das investigações, foram também sendo reveladas as estruturas financeiras da operação, com uso de “laranjas” para escamotear o patrimônio construído através das ações criminosas e dificultar a ação das autoridades no rastreio de recursos financeiros de origem ilícita.
Os materiais de relevância investigativa apreendidos durante as diligências serão encaminhados à Polícia Científica, que realizará exames e emitirá os laudos periciais. Essas evidências serão analisadas pelo GAECO para dar prosseguimento as diligências investigativas, identificar outros envolvidos e aprofundar a apuração de eventual rede criminosa
As investigações tramitam sob sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
Com informações do Ministério Público de Santa Catarina
