O mês de março também marca a campanha do Março Amarelo, uma ação para conscientização da endometriose com a missão de aumentar o conhecimento sobre uma doença que afeta cerca de 200 milhões de mulheres em todo o mundo – cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva têm endometriose.
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A endometriose é uma doença inflamatória sistêmica de longo prazo que faz com que o tecido semelhante ao revestimento do útero cresça em outras partes do corpo, geralmente em órgãos da cavidade pélvica, como ovários e trompas de falópio e fora dela, como o intestino.
As células que cresceram reagem da mesma forma às do útero durante o ciclo menstrual, acumulando-se e depois desintegrando-se e sangrando, todavia, esse sangue não consegue escapar, se acumulando nas áreas afetadas.
Dentre os sintomas da endometriose estão: dor pélvica crônica, dor ao urinar ou evacuar, dor durante a relação sexual e uma razão comum para a infertilidade.
A endometriose pode ter um efeito devastador na qualidade de vida em função dos seus sintomas – que podem ser bastante dolorosos. Além disso, é uma condição de longo prazo e pode afetar mulheres de qualquer idade, em especial, mulheres entre 25-40 anos.
A doença é a maior causa de infertilidade nas mulheres e acarreta um enorme custo pessoal e social, por isso, os médicos devem incentivar as pacientes que tenham períodos dolorosos e dor pélvica a procurarem ajuda médica.
Não há causa conhecida de endometriose. Da mesma forma, também não há cura para a endometriose, mas existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas. O diagnóstico precoce é vital, pois em casos graves, com a demora pelo tratamento, a paciente pode ter obstruções intestinais, pulmões bloqueados e até danos a órgãos à medida que as lesões no abdômen e pelve se expandem.
O diagnóstico da doença hoje em dia é feito com a apresentação clínica, reservando a laparoscopia, procedimento invasivo, para casos específicos. Exames de Ressonância magnética são sinais altamente sugestivos, mas a laparoscopia, mesmo sem biópsia, já é aceita como diagnóstico definitivo.
Fonte: Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro
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