Escola Aurora Jablonski comemora 60 anos de história e tradição com Sessão Festiva na Câmara de Vereadores

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A Escola Municipal de Educação Básica Professora Aurora Siqueira Jablonski, uma das instituições de ensino mais tradicionais de Rio Negrinho, celebrou no dia (15/02) seus 60 anos de existência. Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação de qualidade, a escola tornou-se referência no município, contando atualmente com mais de 600 alunos matriculados.

Como parte das comemorações, a Câmara de Vereadores de Rio Negrinho realizou uma Sessão Festiva nesta terça-feira, dia 25 de fevereiro de 2025em homenagem aos 60 anos da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professora Aurora Siqueira Jablonski. Durante a solenidade, foram homenageados professores, funcionários, alunos, familiares e gestores que contribuíram para o sucesso da escola ao longo das décadas.

A Sessão Festiva foi um momento especial para resgatar memórias, valorizar conquistas e fortalecer o vínculo entre a escola e a sociedade. Tudo isso retratado através de um vídeo produzido pela Câmara Municipal, trazendo entrevista com ex professores e diretoras.

Também houve o brilhantismo da famosa Banda Marcial Aurora, que além de apresentar as músicas com seu corpo coreográfico, executou o hino nacional e do município de Rio Negrinho. As placas de homenagens foram entregues à primeira diretora da escola Sra. Miria Floriani Muehlbauer; à atual diretora Camila Muehlbauer Schiessl e Maria das Neves, sendo a professora com maior tempo em exercício na instituição, representou todo o corpo docente e alunos da EMEB Professora Aurora Siqueira Jablonski.




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História e evolução

A história da Escola Aurora Jablonski começou em um terreno cedido por José Hantschel, no bairro Bela Vista. No ano seguinte, em 12 de março, foi assinado o Decreto 1.376, publicado em diário oficial do estado de Santa Catarina nº7.508 de dia 17 de março, criando a Escola Isolada de Bela Vista.

Por motivos políticos, a escola ficou abandonada. Para seu funcionamento era necessário a contratação de professores, o que ocorreu no início de 1965, com a nomeação da Professora Miria Floriani Muehlbauer. Como a escola estava abandonada, a Professora Miria hesitou em aceitar, mas teve o incentivo do Sr. Lotar Matos do Amaral, auxiliar de inspeção e Diretora da Escola Profª Marta Tavares. Pensando no desafio de oferecer escola para a comunidade de Bela Vista, aceitou.

E o desafio era grande, ao chegar à escola, teve contato com duas realidades. A primeira, desoladora, duas salas ao meio ao mato, com piso alto e sem escada para acesso, umas quatro carteiras duplas, sem sanitários, sem local para fazer a merenda, sem espaço coberto para que servisse de proteção às crianças contra a chuva e o vento; E a segunda realidade, crianças correndo até ela perguntando quando poderiam frequentar a escola.

A decisão estava tomada, e os trabalhos para deixar a escola funcional começou, onde as crianças trouxeram equipamentos e realizaram a limpeza do local.

A Professora Miria contou com a ajuda do Senhor Lotar, com empréstimos de carteiras, um quadro negro, para poder iniciar as aulas.

Dona Miria contou com a ajuda da Professora Ivone Detroz Rodrigues, que conseguiu sua transferência para a cidade de Rio Negrinho.

Iniciaram com trabalhos com vinte crianças, prontas para ajudar, que traziam consigo enxadas, baldes, vassouras, faltava água, que também foi conseguida por elas, tirada do poço da casa do senhor Hoening, cuja filha Irene, seria futura aluna da escola. Seu pai também contribuiu com a construção de uma escada de madeira, o que melhorou o acesso.

Os dias se passavam e a escola só aumentava, vindo também lecionar as Professoras Bárbara Kobus e Irene de Castilho Simm. Assim, já no ano de 1965, a Escola Isolada Bela Vista entra para a história com 93 alunos e 3 professoras.

A escola funcionando, era necessário eleger o Círculo de pais e mestres, como era chamada a Associação de Pais e Professores, para organizar os trabalhos junto a comunidade e construir um poço, sanitários e uma cozinha. Foi então organizado pela comunidade um evento, que resultou na compra dos materiais destinados a essa construção.

No dia 12 de julho a Escola Isolada de Bela Vista muda de nome através do decreto NSE 2.945 e passa a ser escola Estadual Reunidas.

Com o esforço dos pais e professoras, conseguiram uniformizar as crianças, e uma fala marcante feito pela Professora Miria em 1978, seria o lema a representar a escola: “com ajuda de Deus e com nosso esforço e trabalho, muito ainda havemos de realizar”. Todas as conquistas ao longo dos primeiros 40 anos, foram de toda a comunidade.

Em 1967, as dificuldades aumentaram, o número de alunos era maior do que o espaço da Escola. Foi então criado um turno intermediário até a construção do prédio novo, que aconteceu em 1973.

Desde o início do funcionamento da escola, os alunos usavam uniformes que era para os meninos: calça comprida azul marinho, camisa branca de mangas compridas, conga azul e meia preta. As meninas usavam saia pregueada azul marinho, blusa branca de mangas compridas, conga azul e meias brancas três quartos.

Em 1969, em convênio com a Prefeitura, através do Prefeito Vagemiro Jablonski, construiu-se mais uma sala de aula e um gabinete para a direção, suprindo em partes, a necessidade da escola.

A Escola estadual Reunidas, contava em 1970, com três salas de aula e um gabinete para a Diretora, um galpão que servia de cozinha e um coberto onde se guardava a lenha, duas fossas negras e um número de alunos que não parava de crescer. Foi solicitado que a Escola passasse a categoria Grupo Escolar, o que ocorreu em 25 de maio com a publicação do Decreto NSE9.094.

No dia seguinte, foi publicado o decreto NSE 5.947 de 13 de outubro de 1967, que determinava que a Escola Estadual Reunidas iria homenagear a Professora “Aurora Siqueira Jablonski”, Miria ficou muito feliz coma homenagem, pois no início de sua carreira, conviveu com a Professora Aurora e recebeu dela muita ajuda em seu trabalho.

A Professora Aurora nasceu em Guarapuava, estado do Paraná e casou-se com Rodolfo Jablonski, onde desse matrimônio nasceram: Osmar Nei, Maria Aparecida, João https://perfilmulti.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Agressao-e-extorsao-novos-desdob.webpandre e Marcos Aurélio. Ela iniciou sua carreira no magistério em Três barras, no ano de 1940. Em 1950 foi transferida para a escola Marta Tavares, em Rio Negrinho, onde permaneceu até sua morte em 15 de setembro de 1960, aos 44 anos de idade. Neste mesmo ano, completaria 25 anos de carreira profissional.

No ano de 1972 a escola ainda era muito precária, havia necessidades de instalações sanitárias, reposição de telhas, construção de muros e abrigo para as acrianças.

No dia 13 de agosto de 1973, o então governador o Estado Colombo Machado Salles, inaugurou oficialmente o novo prédio em alvenaria, constituído de 4 salas de aula, galpão, secretaria, sala de professores e sanitários. Ainda faltava um espaço apropriado para as aulas de educação física, que com várias promoções realizadas pela escola, e sempre contando com a cooperação da comunidade, conseguiu-se a terraplanagem do terreno para a construção de uma quadra, com pista de atletismo, uma caixa de areia para saltos a distância e altura.

No dia 16 de março de 1979, várias autoridades reuniram-se no pátio da escola para a solenidade de transformação do Grupo Escolar em Educação Básica. Esse ato, transformou legalmente o grupo escolar em Escola Básica Professora Aurora Siqueira Jablonski.

As transformações da estrutura física da escola foram ocorrendo conforme o número de alunos aumentava. As salas de madeira (aquelas de 1965), foram demolidas, onde deram espaço a um pavilhão de dois pisos, o primeiro em alvenaria, uma sala ampla com fogão e dois fornos, onde assavam pães para os alunos. O segundo piso, em madeira, formava duas salas de aula.

Em 1984 a Professora Miria se aposentou, foram 19 anos dedicados a essa escola. Quanta diferença daquelas duas salas para o que estava deixando. Quanto trabalho foi necessário e sempre com total apoio da comunidade. A professora Maria Amélia Viana Tramontini assumiu a direção da escola, mas Dona Miriam sempre continuou presente em ações realizadas pela escola.

Até o ano de 2011, a escola Aurora pertencia a rede estadual de ensino, e em janeiro de 2012, foi municipalizada pela lei nº 2429 de 20/01/2012, aderindo ao programa de parceria educacional estado-município para o atendimento ao ensino fundamental, formalizado a transferência de gestão da educação fundamental da rede estadual de ensino para a rede municipal; A EMEB Professora Aurora Siqueira Jablonski, criada e denominada através da Lei nº 2438 de 28 de Fevereiro de 2012, onde a gestão passa a ser municipal.

A EMEB Professora Aurora Siqueira Jablonski atende hoje mais de 600 alunos, do Pré ao 9º ano, distribuídos em 25 turmas. Tem como diretora a Sra. Camila Mulbauer Schiessl e sua equipe é formada por duas especialistas em educação, uma secretária educacional, 35 professores, 01 professora de AEE, 01 monitora de informática, 03 estagiárias, 04 auxiliares de serviços gerais, 02 cozinheiras, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APP.

Há 60 anos, a Escola Aurora realiza seu trabalho com amor e dedicação, sempre contando com a parceria essencial de famílias, funcionários e professores. Juntos, construímos uma educação de qualidade, onde nosso principal objetivo é o bem-estar e o desenvolvimento dos nossos estudantes.

Cada conquista ao longo dessa trajetória reforça nosso compromisso em formar cidadãos críticos, criativos e preparados para os desafios do futuro. Seguimos firmes nessa missão, sempre acreditando no poder transformador da educação!