Três dos sete cardeais brasileiros com direito a voto na escolha do novo Papa nasceram em Santa Catarina. O Conclave, processo que definirá o sucessor de Francisco, cuja morte foi confirmada nesta segunda-feira (21), reunirá 138 cardeais com menos de 80 anos, segundo o Vaticano.
Os catarinenses que integram a lista nasceram em cidades do Vale do Itajaí, Planalto Norte e do Sul do estado: Gaspar, Mafra e Forquilhinha.
Veja quem são eles:
Natural de Gaspar, no Vale do Itajaí, Jaime Spengler tem 64 anos e é o atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre (RS). Sua caminhada religiosa começou nos anos 1980, quando ingressou na Ordem dos Frades Menores.
Ele é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, e foi ordenado padre em 1990, em sua cidade natal. Spengler serviu como missionário no Brasil e, em 2010, foi nomeado bispo auxiliar por Bento XVI. Três anos depois, assumiu a Arquidiocese de Porto Alegre a convite do Papa Francisco. Em 2023, foi nomeado cardeal em cerimônia realizada no Vaticano.
Com 77 anos, João Braz de Aviz é o cardeal brasileiro mais velho com direito a voto no Conclave. Nascido em Mafra (SC), foi criado no interior do Paraná, em Borrazópolis.
Foi ordenado padre em 1972 e atuou como professor e reitor de seminários. Doutor em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, ele acumula décadas de experiência na Igreja. Foi bispo de Ponta Grossa (PR), arcebispo de Maringá e, em seguida, de Brasília.
Desde 2011, ocupa o cargo de prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano. No ano seguinte, foi criado cardeal e, em 2013, participou do Conclave que elegeu o Papa Francisco.
Leonardo Ulrich Steiner tem 74 anos e nasceu em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina. Atual arcebispo de Manaus, é reconhecido pelo Vaticano como o primeiro cardeal da Amazônia.
Formado em Filosofia, Teologia e Pedagogia, também é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum. Sua ordenação como padre ocorreu em 1978, em sua cidade natal. Leonardo atuou fortemente na área educacional e ocupou cargos de liderança em instituições religiosas na Itália e no Brasil.
Nomeado bispo por João Paulo II em 2005, passou pela Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e foi bispo auxiliar em Brasília. Em 2019, tornou-se arcebispo de Manaus e, em 2022, foi elevado ao cardinalato pelo Papa Francisco.
Fonte: Portal Ahora