MPSC recomenda fechamento de comunidade terapêutica em Corupá por irregularidades sanitárias e administrativas

Botões de Compartilhamento

Após constatar diversas irregularidades no funcionamento da Comunidade Terapêutica Conviver, em Corupá, que acolhe pessoas com transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas, a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaraguá do Sul emitiu uma recomendação ao Município para que adote medidas imediatas visando ao encerramento das atividades da instituição. 

As deficiências foram apontadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por meio do Inquérito Civil n. 06.2024.00003686-7, instaurado para averiguar as condições de funcionamento da entidade, sediada em Corupá. Entre as principais irregularidades estão a completa inadequação do local para o exercício das atividades propostas, além da recusa do administrador da entidade em retirar os moradores, mesmo após uma ordem de interdição da comunidade emitida em 2024 pela Vigilância Sanitária. Além disso, a administração pública municipal já havia informado ao MPSC que a comunidade terapêutica não tem condições de continuar operando. 

O Promotor de Justiça Aristeu Xenofontes Lenzi, responsável pela recomendação, ressaltou que a situação é grave e que o poder público tem a responsabilidade de garantir a proteção à saúde e à dignidade dos acolhidos. “A permanência da Comunidade Terapêutica Conviver em funcionamento, diante das irregularidades constatadas, representa uma afronta aos direitos fundamentais das pessoas acolhidas e à legislação vigente. É dever do Estado agir com firmeza para corrigir essa situação”, afirmou. 

A 2ª Promotoria de Justiça deliberou, no procedimento administrativo, que o Município de Corupá fiscalize in loco se a unidade permanece em funcionamento, verifique a existência de alvará sanitário e faça o levantamento de informações sobre os acolhidos e os motivos de sua permanência. Além disso, deve enviar a lista de funcionários, com detalhes sobre cargos, jornadas e regime de contratação, identificar os responsáveis legais pela instituição e encaminhar um relatório detalhado sobre a situação atual da comunidade terapêutica. Por fim, a Promotoria de Justiça recomenda que o poder público local adote medidas coercitivas, incluindo o uso de força policial, se necessário, para o encerramento das atividades e a transferência dos residentes para outras comunidades terapêuticas. 

Na recomendação, o MPSC alerta que o descumprimento das medidas poderá configurar infrações administrativas e penais por parte dos agentes públicos responsáveis, conforme previsto no Decreto-Lei Federal n. 201/1967, que trata da responsabilidade dos prefeitos e vereadores. A administração municipal de Corupá tem 10 dias para responder ao MPSC informando se adotará as medidas recomendadas. 

Notícias mais lidas

Colisão entre carro e motocicleta deixa dois feridos na BR-280 em Rio Negrinho

Motorista morre após colisão frontal entre carro e caminhão na BR-116 em Papanduva

Quem era o piloto que morreu em apresentação no Beto Carrero World

Rio Negrinho brilha com a abertura do Natal Encantado neste sábado

Polícia Militar prende suspeito armado minutos após tentativa de homicídio em Rio Negrinho

Últimas notícias

Lei municipal proíbe fogos de artifício com barulho em Rio Negrinho

Entre balões, abraços e despedidas: alunos do Colégio Jorge Zipperer vivem último dia de aula com emoção e reconhecimento

VÍDEO: Estátua da Havan desaba após fortes rajadas de vento de 90km/h no RS

Natal Solidário em Rio Negrinho arrecada mais de uma tonelada de alimentos com pista de patinação

Câmara de Vereadores de Rio Negrinho inaugura ampliação da sede com novos espaços modernos

Confira a previsão do tempo para esta semana em SC