Previsão para o inverno 2025 em Santa Catarina indica frio intenso, geadas e nevoeiros

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O inverno no hemisfério sul começa nesta sexta-feira (20), às 23h42, e vai até o dia 22 de setembro. A estação é marcada pelos dias mais curtos, noites mais longas e pelas menores temperaturas do ano. Isso ocorre devido à inclinação do eixo da Terra, que faz com que os raios solares cheguem com menor intensidade ao hemisfério sul nesse período.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM

Em Santa Catarina, o inverno é tradicionalmente caracterizado pela ocorrência de episódios de frio intenso, principalmente nas regiões de maior altitude, como os planaltos, a Serra, o Meio-Oeste e o Alto Vale do Itajaí. Nessas áreas, são comuns as formações de geada, nevoeiros densos e, eventualmente, até fenômenos de precipitação invernal como neve, chuva congelada, graupel e sincelo — esse último ocorre quando há congelamento das gotículas de nevoeiro sobre superfícies, formando uma camada de gelo que cobre árvores, postes, telhados e fios de energia, criando paisagens típicas de inverno rigoroso.

Além do frio, o inverno catarinense também se destaca por apresentar, historicamente, os menores volumes de precipitação do ano. Isso ocorre por conta da menor disponibilidade de umidade na atmosfera, favorecida pelos sistemas de alta pressão (anticiclones) que inibem a formação de nuvens. No entanto, é importante destacar que isso não significa ausência total de chuva. Santa Catarina, diferentemente de outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e parte do Sudeste, não possui uma estação seca bem definida.

Durante todo o inverno, diferentes sistemas meteorológicos continuam atuando, podendo gerar eventos de chuva, sobretudo no Litoral e nas áreas próximas. As frentes frias e os ciclones extratropicais seguem sendo responsáveis por trazer instabilidade, ventos fortes, ressacas e elevação do nível do mar. Já os anticiclones, ao longo do período, são os grandes responsáveis pela entrada de massas de ar polar que provocam a queda acentuada das temperaturas, além de favorecer dias ensolarados e de céu limpo em grande parte do estado.

Nos meses de inverno, também são comuns os episódios de bloqueios atmosféricos — quando sistemas de alta pressão permanecem estacionados, dificultando a chegada de frentes frias. Nesses períodos, o tempo pode ficar seco e com grandes amplitudes térmicas: manhãs muito frias, com possibilidade de geada, e tardes com temperaturas mais elevadas, especialmente no Oeste e no litoral.

Outro fator que merece atenção são os impactos dos ventos. A presença de ciclones extratropicais pode provocar ventania, ressaca e mar agitado, oferecendo riscos à navegação e às atividades pesqueiras, além de gerar transtornos, como destelhamentos e quedas de árvores, especialmente nas áreas costeiras.

Monitoramento constante e emissão de alertas

Durante todo o inverno será itensificada a emissão de alertas, principalmente nas situações de frio extremo, formação de geadas, ventos fortes, ressacas e eventos de precipitação intensa no litoral.

Os alertas são fundamentais para que a população se prepare com antecedência, adote medidas de autoproteção e minimize os riscos. É importante que todos acompanhem os canais oficiais da Proteção e Defesa Civil e mantenham o cadastro ativo no sistema de alertas via SMS, enviando seu CEP para o número 40199. Também é possível acompanhar as atualizações pelos aplicativos e redes sociais oficiais.

Cuidados e prevenção

O frio intenso traz consigo riscos adicionais para grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas em situação de rua e animais domésticos. É essencial que a população esteja atenta, se organize e colabore, especialmente em ações solidárias, como doação de roupas, cobertores e alimentos.

Além disso, é necessário reforçar os cuidados com aquecedores e sistemas de calefação. Equipamentos utilizados de forma inadequada, em ambientes fechados e sem ventilação, podem gerar acidentes, como incêndios ou intoxicação por monóxido de carbono.

Outro ponto de atenção são os riscos associados à formação de geada, que pode impactar diretamente na agricultura, nas estradas e na rede elétrica. A formação de sincelo, quando ocorre, também pode causar danos à infraestrutura urbana e rural, além de representar risco para pedestres e motoristas.

Resumo do que esperar no inverno 2025 em SC

  • Frio intenso e recorrente, principalmente nas áreas mais elevadas;
  • Formação de geada, nevoeiros e possibilidade de sincelo em alguns dias;
  • Chance de precipitação invernal, como neve e chuva congelada, embora de forma pontual e localizada;
  • Atuação de ventos fortes, ressacas e mar agitado, especialmente associados a ciclones extratropicais;
  • Períodos de tempo secos intercalados com episódios de chuva, especialmente no litoral, dependendo da atuação de frentes frias e sistemas de alta pressão;
  • Risco de acidentes domésticos com aquecedores, exigindo atenção redobrada quanto ao uso correto e seguro desses equipamentos.

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