O pacote tarifário imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos importados do Brasil impacta direta e indiretamente centenas de micro e pequenas empresas catarinenses. De acordo com dados do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, 23% das micro e pequenas empresas que exportam para o país norte-americano irão sentir diretamente os impactos das medidas, além dos pequenos negócios que fornecem insumos ou prestam serviços para médias e grandes empresas exportadoras.
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O gerente de competitividade do Sebrae/SC comenta que diante de um cenário tão incerto, é fundamental promover a diversificação de mercado e a inserção desses negócios em cadeias mais resilientes. “Nesse caso, o Sebrae/SC preparou uma série de medidas que buscam garantir apoio técnico aos empresários, que vão desde orientação para acesso ao crédito e novos mercados, até o estímulo à inovação, com o objetivo de que essas empresas sobrevivam às consequências dessa taxação e fortaleçam sua participação em políticas de desenvolvimento econômico de longo prazo”, afirma Roberto Tavares.
Entre as ações oferecidas pelo Sebrae/SC, destaque para programas como o PEIEX, em parceria com a ApexBrasil, que oferece consultorias que ajudam empresas a adaptar seus produtos e estratégias de exportação para mercados alternativos.
“Buscar novos mercados além dos Estados Unidos, especialmente para a América Latina, Europa e Ásia, é uma estratégia assertiva para manter a sobrevivência do negócio. O Sebrae ajuda o empresário a se estruturar para isso”, comenta Tavares.
Outro ponto fundamental, segundo Roberto, é investir na inovação de produtos e materiais para reduzir dependência de itens mais penalizados pelas tarifas. Nesse caso, por meio de ações do programa Sebraetec, o Sebrae subsidia serviços de tecnologia e inovação, como melhoria de design, desenvolvimento de novos produtos e adequações técnicas para atender a novos padrões de mercados-alvo.
O gerente do Sebrae/SC destaca, ainda, que o acesso ao crédito é um desafio diário enfrentado pelo empresário de micro e pequena empresa e num cenário como esse é ainda mais desafiador. “O Sebrae/SC apoia os empresários a buscar linhas de crédito específicas para mitigar os efeitos da retração das exportações, especialmente para fluxo de caixa, estoque ou readequação produtiva. Além disso, atuamos com as instituições financeiras para facilitar o acesso a crédito com garantias reduzidas via o programa FAMPE (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), que pode ser crucial para negócios com dificuldade de garantias reais”, diz Roberto.
O empresário de micro e pequena empresa que, de alguma maneira foi afetado pelo tarifaço dos EUA, pode procurar o Sebrae/SC por meio do aceleraglobal@sc.sebrae.com.br.