O Programa Juro Zero viabilizou R$ 41,6 milhões em crédito durante o primeiro semestre de 2025, beneficiando 8.604 Microempreendedores Individuais (MEIs) de Santa Catarina. Com operações de até R$ 5 mil, os MEIs têm acesso a crédito facilitado e com juros 100% pagos pelo Governo de Santa Catarina. O objetivo do Programa Juro Zero é garantir competitividade e condições especiais sobretudo para quem atua no empreendedorismo.
Empreendedora Lucirene Figueiredo, de São José, contou com recursos do Programa Juro Zero para alavancar a loja de maquiagens – Foto: Thiago Kauê/SecomGOVSC
Para o governador Jorginho Mello, o crédito subsidiado é fundamental para proteger os micro e pequenos negócios. “O Brasil tem o maior juro do mundo e o empreendedor, sobretudo o MEI, não tem condições de tomar crédito com esse custo. É por isso que ajudar os empreendedores é uma prioridade do Governo do Estado, seja por meio do Juro Zero para o MEI, ou pelo Pronampe Santa Catarina para as micro e pequenas empresas, entre outras ações de incentivo”, afirma.
Ao contratar o crédito do Programa Juro Zero, o Microempreendedor Individual (MEI) tem 30 dias de carência para iniciar o pagamento em oito parcelas. Se as sete primeiras parcelas forem quitadas em dia, o Governo de Santa Catarina paga a oitava, que é correspondente aos juros. O Programa permite que o MEI contrate até R$ 5 mil por operação e, ao quitar todo o valor, tem direito a uma segunda contratação também de até R$ 5 mil.
O Programa Juro Zero é uma importante ferramenta para alavancar negócios que estão começando. É o caso da loja de maquiagens da empreendedora Lucirene Figueiredo, no bairro Forquilhinhas, em São José, na Grande Florianópolis. A empreendedora contratou o Programa Juro Zero e utilizou o recurso como capital de giro para a empresa.
“Eu não acreditava que existia juro zero. Eu peguei esse recurso sem pagar qualquer juro. Inclusive, se pagasse em dia a última parcela ganhava de graça. E foi tudo muito fácil para o que eu queria. Consegui esse dinheiro para colocar no meu negócio, para poder investir, para trazer mercadoria, e foi muito bom”, conta a empreendedora.
Conforme Lucirene, o apoio do crédito subsidiado foi fundamental para impulsionar a loja. Com o recurso, ela conseguiu comprar mercadorias, aumentar o estoque e atrair mais clientes. Além das maquiagens, a empreendedora pôde ampliar o rol de produtos e comercializar acessórios como bolsas e carteiras. Segundo ela, o processo foi agilizado, com o dinheiro entrando na conta em apenas dois dias.
“Está maravilhoso. Muito bom. Estou muito feliz. O banco me ajudou bastante. Se não fosse através do banco, eu não teria capital para iniciar o negócio de maquiagens. […] A gente começa a empreender, passa daquela fase ruinzinha e depois vai para aquela fase melhor. A minha intenção é ampliar a loja e futuramente abrir mais algumas, se Deus permitir e o banco também [risos]”, diz Lucirene.
Durante o primeiro semestre de 2025, o Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (Sicos), investiu R$ 6,5 milhões para cobrir os juros de operações já contratadas. O recurso é aplicado via Badesc junto às instituições de microcrédito que são parceiras e ofertam o Juro Zero em unidades espalhadas por Santa Catarina.
“O Governo de Santa Catarina é parceiro do empreendedorismo. Ao conceder crédito subsidiado, estamos dando condições para esses MEIs crescerem e, assim, evoluírem para microempresa ou empresa de pequeno porte. A maioria dos negócios começa pequeno e precisa de ajuda, principalmente no crédito, que é um gargalo histórico. Ou seja, o Programa Juro Zero amplia as condições de sucesso desse novo negócio”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck.
Atualmente o estado conta com 837 mil MEIs, conforme dados da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc). A maior parte está nas grandes cidades, como, por exemplo, Florianópolis (85 mil), Joinville (75 mil), Blumenau (42 mil), São José (37 mil) e Itajaí (35 mil). Entre os novos MEIs, destacam-se os setores econômicos de comércio, transporte e indústria da transformação.
Fonte: Agência de Notícias SECOM
