A redução de verbas do DNIT – Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, para obras e manutenção de rodovias federais em Santa Catarina, é vista com preocupação pela FIESC – Federação das Indústrias. Em documento enviado nesta quinta-feira, 2 de agosto, ao Ministro dos Transportes Renan Filho, a entidade destaca que os R$ 506,7 milhões alocados para o Estado são insuficientes para a conclusão de obras em andamento e para a manutenção preventiva.A expectativa da entidade é de que, considerando a proposta atual, haverá comprometimento da execução e dos prazos em diversas rodovias, como as BRs 470, 280, 163, 285 e 282. “Essas rodovias são fundamentais para a competitividade de Santa Catarina, na geração de renda, arrecadação de tributos, manutenção e criação de empregos”, afirma o presidente da FIESC, Gilberto Seleme.
A BR 280, essencial para o tráfego e escoamento da produção da região, deverá ser fortemente impactada, com a postergação ainda maior do prazo contratual para a conclusão das obras. O valor ainda necessário é de R$ 209 milhões, mas o recurso previsto é de apenas R$ 80 milhões. As obras afetadas são a retomada do Lote 1, entre a BR 101 e São Francisco do Sul, a conclusão do Lote 2.1, na BR 101 a Guaramirim, e o andamento do Lote 2.2, entre Guaramirim e Jaraguá do Sul.Levantamento da FIESC mostra redução significativa de recursos destinados ao Estado: a LOA de 2026 prevê redução de 50% na comparação com a dotação recorde de 2023 (R$ 1,04 bilhão). Também representa uma queda relevante em relação aos anos de 2024 (R$ 780,8 milhões) e 2025 (R$ 651,9 milhões).
“A FIESC está mobilizando os parlamentares catarinenses e defende que eles apresentem emendas para garantir os recursos necessários à continuidade de obras já iniciadas e com prazos de conclusão atrasados há muitos anos. Precisamos sensibilizar todos os envolvidos sobre a necessidade de ampliação dos recursos e de uma gestão eficiente na execução das obras”, explica Seleme.