Nesta quarta-feira (5), seis pessoas foram presas durante a operação “Digitale Jagd”, ou “Caçada Virtual”, que investiga uma rede de caça ilegal organizada por meio de grupos de mensagens em Santa Catarina.
De acordo com o Gaeco e a PMA (Polícia Militar Ambiental), os suspeitos caçavam animais silvestres, vendiam a carne e cães de caça e trocavam informações sobre técnicas de abate e formas de escapar da fiscalização.
Foram 18 mandados de busca e apreensão cumpridos contra 16 investigados em nove cidades, incluindo Blumenau, Pomerode, Indaial, Rio dos Cedros, Corupá, Ibirama, Rio Negrinho, Lontras e Lauretino.
A operação contou com 136 agentes, entre membros do Gaeco, PM Ambiental e Corpo de Bombeiros Militar. As investigações apontam que os envolvidos usavam aplicativos de mensagens para organizar caçadas e negociar produtos ilegais. Nos grupos, eram compartilhadas fotos de animais abatidos, rotas de expedições, técnicas de caça e até dicas para despistar a fiscalização.
O caso começou a ser investigado a partir de um relatório técnico do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, que identificou a atuação dos caçadores com base em ações de inteligência e patrulhamento em áreas de mata.
Em operações anteriores, a PMA já havia resgatado cães vítimas de maus-tratos e apreendido armas de fogo usadas nas caçadas.
Segundo o Gaeco, o material apreendido inclui armas, munições, celulares e equipamentos de caça. Todos os itens serão encaminhados à Polícia Científica para perícia, o que deve ajudar a identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa.
Os investigados podem responder por crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais e por porte ilegal de arma de fogo. As investigações seguem sob sigilo, e novas informações devem ser divulgadas conforme o andamento do caso.




