A entrevistada da semana é a professora Solange Tureck Schier, rio-negrinhense, educadora, esposa, mãe e avó. Ela costuma dizer que não escolheu a educação e sim a educação escolheu ela.
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Com mais de 30 anos de trabalho na educação, ela acredita que tem uma bagagem boa e hoje pode colocar seu trabalho à disposição para assumir a direção do Colégio Cenecista São José.
Gosto de estar com as pessoas, com as crianças e com toda essa movimentação que só as escolas têm
Solange Tureck Schier
PERFIL – Quem é Solange Tureck Schier?
SOLANGE – Sou rio-negrinhense, nascida em 22 de fevereiro de 1972. Filha de Eloi Tureck e Loni Maria Tureck. Tenho quatro irmãos: Cleusa, Cleison, Cintia e Sandriele, que sempre foram minha base. Sou casada com Reginaldo Schier. Tenho dois filhos: Davi e Nathaniel, casado com Kamila, e sou avó do Pedro Miguel.
Cresci em meio à cultura, pois venho de uma família de músicos e minha mãe sempre incentivou a participação nas atividades extracurriculares da escola Marta Tavares, onde estudei até me formar no Ensino Fundamental, em 1987, então passei a estudar no Colégio Cenecista São José, fazendo curso de Contabilidade e, posteriormente, fiz o Magistério.
Sempre gostei muito dos livros e adorava decorar poemas e poesias, muitos deles ainda lembro. E, orgulhosamente, no ano de 2018, fui convidada para fazer parte da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina seccional de Rio Negrinho.
Sou membro da academia de letras e ocupo a cadeira 10 desta seccional. Neste ano participei da elaboração do e-book Belezas de Rio Negrinho, que traz uma narrativa fantástica.
No último dia 11 houve o lançamento do livro Antologia e Magia Poética, no qual foi publicado um poema de minha autoria e, no próximo dia 02 de dezembro, estarei recebendo o título de Embaixadora Cultural da Paz, por intermédio da Academia de Letras de Santa Catarina.
Sou formada em Pedagogia e Letras com Especialização em Gestão escolar, Direito educacional, Docência na Educação Básica e também em Alfabetização.
PERIL – Porque escolheu a educação?
SOLANGE – Sempre costumo dizer que foi a educação quem me escolheu. Eu estudava o curso de Contabilidade, na época, e, certa vez, encontrei pelos corredores uma amiga que hoje é madrinha de um dos meus filhos, subindo as escadas, carregada de papéis coloridos, então eu perguntei o que faziam no magistério, ela respondeu que preparavam muitas atividades nas aulas de Didática. Aí já me interessou e foi quando eu optei por fazer o Magistério e não posso deixar de mencionar, que tive uma “fada madrinha” para começar minha carreira que foi a Dona Arice Casemira dos Santos. Foi ela quem me colocou para fazer os estágios no Colégio São José, pois ela acreditava no meu potencial e quis muito que eu iniciasse minha caminhada aqui. Trabalhar na educação foi amor à primeira vista. Gosto de estar com as pessoas, com as crianças e com toda essa movimentação que só as escolas têm.
PERFIL – Conte sua história com o colégio São José.
SOLANGE – Minha história com o Colégio São José é uma história muito bonita. Iniciei os meus estágios no ano de 1993 e, antes mesmo de concluídos, já fui contratada como professora auxiliar de maternal. Sempre fui muito envolvida com as atividades da escola. Fiz parte da fanfarra Cenecista e fui para o Chile quando a banda participou do concurso de bandas e fanfarras na cidade de Melipilla, no ano de 1995. Fui efetivada em setembro de 1995 e, desde lá, atuei em diferentes setores da escola. Fui auxiliar de sala, secretária, bibliotecária, trabalhei juntamente na coordenação dos cursos técnicos, atuei por 25 anos como professora alfabetizadora e, posteriormente, nos anos finais, com a disciplina de Língua Portuguesa. Sempre busquei levar o nome do colégio São José para além dos muros da escola e trazer para a comunidade muitas coisas boas e significativas para a vida dos meus alunos. Sempre mostrei muito amor pela minha profissão e gosto de lembrar que durante a minha caminhada encontrei muitas pessoas que fizeram parte da minha história no São José.
PERFIL – Seu retorno para o colégio, como foi?
SOLANGE – Fiquei honrada em receber o convite para direção. Trabalhei no período de 1993 até 2018 no colégio, fiquei por seis anos fora, atuei em outras escolas e hoje volto assumindo a direção o que, para mim, é uma honra. Meu retorno para o colégio foi um tanto quanto inesperado. Tudo aconteceu muito rápido e hoje estou aqui, cheia de planos e sonhos, porque educador que é educador ele não trabalha somente, ele sonha!
PERFIL – Quais suas experiências e metas agora, como diretora?
SOLANGE – Hoje tenho 30 anos de trabalhos efetivos na educação e posso dizer com toda certeza que trago uma bagagem carregada de experiências para fazer o melhor pelo colégio. Quero desenvolver uma liderança positiva, promover uma gestão participativa e tornar o ambiente escolar ainda mais saudável, trazendo a equipe de professores e funcionários para participarem das decisões tomadas na minha gestão. Para 2024 teremos muitas novidades. Estamos reorganizando e reestruturando algumas coisas para apresentar para a comunidade uma nova identidade para o colégio, proporcionando aos alunos atividades e encaminhamentos onde eles possam ser protagonistas do seu aprendizado. Quero trazer também um pouco mais das metodologias ativas, pois elas favorecem o aprendizado de forma autônoma e participativa. Uma das grandes metas é resgatar muitas coisas que foram deixadas de lado e fazer com que o colégio São José seja reconhecido como excelência na educação, pois carrega uma história linda e que jamais poderá ser esquecida. Penso que o mundo mudou, as pessoas mudaram, a escola mudou, mas princípios e valores não mudam. Quero aproveitar a oportunidade e agradecer o acolhimento dos pais nessa retomada de colégio e dizer que sim, faremos juntos um novo tempo para o Colégio Cenecista São José. Para finalizar, não posso deixar de registrar minha frase preferida de Fernando Pessoa: “Tudo vale à pena quando a alma não é pequena”, por isso estou aqui novamente, para fazer mais uma vez parte na história do colégio, o qual considero minha segunda casa.
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