Um idoso, com 70 anos de idade faleceu na última semana após ficar cerca de 50 dias internado no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso em São Miguel do Oeste.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, o homem sofreu um ferimento no braço em casa, porém, não há informações detalhadas sobre como ocorreu o acidente. A vítima não estava com a vacinação em dia, o que contribuiu para o agravamento do quadro.
Este é o primeiro caso de tétano em São Miguel do Oeste desde 2011, quando outro homem, também com a vacinação atrasada, faleceu pela doença. Nos últimos cinco anos, o Extremo-Oeste de Santa Catarina registrou cinco casos de tétano, todos fatais.
A vacina antitetânica, criada em 1924, é responsável por uma redução de 95% nos casos de tétano no mundo. Disponível gratuitamente na rede pública de saúde, é considerada segura e eficaz. Em São Miguel do Oeste, a vacinação é realizada na Sala de Vacinas da Unidade de Saúde Central, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 8h às 12h.
O tétano é uma doença grave e não contagiosa, causada pela bactéria Clostridium tetani, encontrada em solo, plantas e superfícies. A imunidade contra a doença é garantida apenas pela vacinação.
Os sintomas incluem contraturas musculares, rigidez nos membros, dificuldade para abrir a boca, deglutir e respirar, convulsões e asfixia. A doença é transmitida por meio de ferimentos na pele ou mucosas, com um período de incubação de 3 a 21 dias após a exposição. O tratamento envolve soro antitetânico ou imunoglobulina antitetânica e internação em UTI.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, entre 2007 e 2023, foram registrados 206 casos de tétano no estado, com 75 mortes confirmadas. Somente em 2023, foram notificados 10 casos. Em relação à vacinação, 30,5% dos casos confirmados apresentaram registro vacinal, enquanto 43,62% nunca haviam sido vacinados contra o tétano.