Quinze pinguins resgatados voltaram para o mar na manhã desta quarta-feira (25), na praia do Moçambique, em Florianópolis. Da espécie pinguins-de-Magalhães, as aves foram resgatadas após serem vítimas de encalhes, afogamentos e de apetrechos de pesca.
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Os pinguins foram reabilitados e soltos pela R3 Animal, executora do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), de responsabilidade da Petrobras.
Apenas neste ano, 2.620 pinguins-de-Magalhães machucados foram vistos em Florianópolis — entre vivos e mortos — informou a R3 Animal. Desse total, apenas 151 (5,7%) estavam vivos na hora do resgate, com sinais de afogamento e exaustão.
Ao todo, 45 pinguins resgatados foram soltos neste ano, contando com os 15 desta quarta.
Por serem animais gregários — ou seja, que vivem em bando — o ideal é que eles sejam soltos em grupos de no mínimo dez. Após voltarem para o mar nesta manhã, os pinguins devem seguir seu curso em direção às suas colônias reprodutivas, na na Patagônia Argentina.
Pinguins resgatados sobreviveram aos desafios da migração
De acordo com a R3 Animal, no outono e inverno, os pinguins-de-Magalhães partem de suas colônias reprodutivas na Patagônia Argentina, seguindo corrente marítimas em busca de alimentos em águas mais quentes.
É nesse trajeto — litoral brasileiro, principalmente as regiões Sul e Sudeste — que eles passam por Florianópolis.
Conforme os especialistas da organização, é comum que pinguins mais jovens se percam do bando durante a migração e encalhem. Quando isso ocorre e eles são resgatados, eles são encontrados exaustos, afogados, desnutridos e hipotérmicos.
Além disso, os pinguins resgatados muitas vezes são vítimas de apetrechos de pesca e poluição marinha. Esse foi o caso de um pinguim resgatado em 20 de julho, na praia de Bombinhas, no Litoral Norte.
O animal foi resgatado pelo PMP-BS/Univali e levado para a base de estabilização da instituição parceira, onde teve o anzol removido. Após um mês, foi encaminhado para o centro de reabilitação da R3 Animal.
Após passar por novos tratamentos para que não tivesse a visão comprometida, o pinguim voltou a comer voluntariamente, ganhar peso e nadar para melhorar o condicionamento físico, até que ficou apto para soltura. Ele faz parte do grupo solto na manhã desta quarta.
As informações são da ND+
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